Vasco deixa festa de lado pensando em melhorar rendimento fora de casa
Numa tarde fria e de céu nublado, crianças participavam das escolinhas atrás da arquibancada de São Januário, enquanto titulares e reservas do time de Celso Roth faziam um treino físico no campo. Nada de Parabéns pra você, balões de gás, presentes ou velinhas para soprar. O aniversário de 109 anos de fundação do clube não mudou a rotina do estádio. Em vez de cortar o bolo, o Vasco no momento prefere trabalhar para não ficar fora dele, entre os três primeiros na tabela do Campeonato Brasileiro.
Com 34 pontos e ocupando a terceira posição, atrás apenas de Cruzeiro, com 35, e do líder São Paulo, que soma 41 com um jogo disputado a mais, a equipe carioca, invicta em seu estádio, tem uma meta a cumprir neste returno: aumentar o aproveitamento fora de casa. A começar pelo jogo de domingo, contra o Sport, na Ilha do Retiro.
- Dentro ou fora de casa, o esquema de jogo é o mesmo. O que muda é um cuidado ou outro a mais, dependendo do adversário. O importante é manter a consistência - afirmou Celso Roth, lembrando que o líder São Paulo é quem menos sofreu gols. - Se eu fosse técnico do São Paulo, diriam que era retranca.
Abuda deve substituir Enílton, machucado As estatísticas comprovam a necessidade vascaína de melhorar o rendimento fora de seus domínios, se quiser continuar sonhando com seu quinto título brasileiro - o último foi em 2000, na Copa João Havelange.
Dos 34 pontos conquistados, 26 foram no Rio e apenas oito em outros estados.
Para o jogo de domingo, Enílton, machucado, deve ser substituído por Abuda.
Pelo menos, o Vasco parece, enfim, ter encontrado um equilíbrio defensivo. Em 2005, foram mais de cem gols sofridos na competição. Já nas últimas três rodadas do Brasileiro, a equipe não sofreu gols.
- O Celso, assim que chegou, procurou trabalhar bem a defesa. Deu confiança aos jogadores, e os resultados estão aparecendo. O Vasco hoje tem um padrão de jogo - disse o capitão e zagueiro Jorge Luiz.
Mesmo sem bolo, o aniversário do clube foi assunto obrigatório na entrevista coletiva após o treino. Perguntado sobre que presente gostaria de escolher para o clube, Celso Roth lembrou a presença maciça de crianças na sede: - O pedido é para que o Vasco continue grande como sempre foi. Além da parte esportiva, o clube tem um trabalho social muito importante com as crianças que estudam e fazem atividades aqui.
Oficialmente, o clima festivo se limitou a uma cerimônia para poucos convidados na sede náutica, na Lagoa.
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