Torcida

Vascaínos de Uberlândia divididos entre a torcida por Brasil e por Portugal

Diferentemente das comemorações dos últimos dois jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo, os bares e restaurantes de Uberlândia não lotaram durante a partida do Brasil contra Portugal. A avenida Rondon Pacheco, uma das que ficaram mais movimentadas nos jogos anteriores, registrou trânsito lento momentos antes, mas, logo após a partida, poucas pessoas passaram por lá para comemorar a classificação do time em primeiro lugar.

A maioria dos torcedores optou por acompanhar a partida em casa ou no trabalho. Como foi o caso do advogado Alexandre Canabarro. Ele foi liberado do trabalho uma hora antes do jogo, mas, para ele, é melhor assistir em casa. “Eu não preciso enfrentar o trânsito nem pagar caro por uma mesa. Sem contar que eu não gosto de assistir ao jogo no meio da aglomeração, onde é difícil prestar atenção nos lances”, disse.

No bairro Luizote de Freitas, zona oeste da cidade, o telão, que foi colocado para o jogo do Brasil contra Costa do Marfim, dessa vez não foi instalado. Segundo a proprietária do bar, Nazaré Barbosa Figueiredo, o horário do jogo não ajudou. “A gente tem feito isso em todos os jogos, mas como esse era antes do almoço sabíamos que não ia dar movimento”, disse.

Torcida

Em um bar na avenida Getúlio Vargas, um grupo de vascaínos aproveitou o pouco movimento para torcer, a maioria para o Brasil e alguns para Portugal. O advogado Felipe Martins foi um deles. Segundo ele, os avós são portugueses legítimos e isso influencia, mas que a torcida era para os dois times, porém a cada jogada de Portugal ele vibrava. “O Vasco é minha paixão. Aqui fico satisfeito com a vitória de qualquer lado”, disse.

Já em outro local, na Rondon Pacheco, a empresária Deys Medeiros, sofria com a participação da seleção brasileira. Segundo ela, o trabalho está diretamente ligado à Copa do Mundo. “Se o Brasil perde, eu também perco e sem contar da paixão pela seleção. Fico louca”, disse.

Torcedor fala

Você gostou da atuação do Brasil contra Portugal?

“Se o Dunga tivesse colocado o Robinho teríamos conseguido um bom resultado. A seleção poderia ter feito melhor.”
Paulo César Félix – 21 anos – arte finalista

“Gostei do jogo, mas senti muita falta do Kaká e do Robinho na partida. Fizeram falta, mas acabou ficando de bom tamanho.”
Poliana Andrade – 29 – Fisioterapeuta

“Faltou garra da seleção brasileira. Foi um jogo sem emoção. Espero que o time jogue melhor a partir da próxima fase.”
Paulo Henrique Freitas – 24 anos – empresário

“Um empate nunca é bom, quando faltam gols ainda é pior. Espero que o próximo contra os chilenos seja melhor.”
Lucas dos Reis Martins – 19 – desempregado

Fonte: Correio de Uberlândia