Valor de patrocínio foi insuficiente para quitar dívida com ex-dirigente
Último VP de futebol, José Luís Moreira entrou na Justiça contra o Vasco. O ex-dirigente cobra uma dívida de R$ 3,851 milhões referente a dois empréstimos realizados no ano passado, na gestão de Alexandre Campello. No segundo, em julho de 2020, ele já ocupava a vice-presidência da pasta.
A informação foi publicada pelo site Esporte News Mundo e confirmada pelo ge.
VP de futebol da época de Eurico Miranda, José Luís Moreira voltou ao cargo em março do ano passado, a convite de Alexandre Campello. Ele permaneceu na pasta nos primeiros meses da gestão de Jorge Salgado, no início deste ano, mas saiu após o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Desde então ninguém ocupou o cargo.
Na ação, José Luís Moreira alega ter emprestado dinheiro ao clube em duas oportunidades no ano passado. Na primeira, em fevereiro, ele emprestou R$ 2,6 milhões. Na época, o clube usou o recurso para quitar salários atrasados. O Vasco deveria ter ressarcido o dirigente em 10 parcelas de R$ 286 mil, mas apenas as quatro primeiras foram quitadas.
O segundo empréstimo, já como vice de futebol do Vasco, ocorreu em julho de 2020. O valor foi de R$ 1,08 milhão, a serem pagos em seis parcelas. Apenas as duas primeiras foram quitadas.
Na época o Vasco deu como garantia o contrato de patrocínio da Havan e a premiação do Campeonato Brasileiro. No entanto, como foi rebaixado, o clube não recebeu nada da CBF, e o valor do patrocínio foi insuficiente para quitar a dívida com José Luís Moreira.
Na ação, a defesa do José Luís Moreira cita que não é a primeira vez que ele empresta dinheiro ao clube e tem dificuldade para receber.
- A relação entre as partes é abusiva e de longa data. Trata-se de um torcedor fervoroso que é seduzido pelo amor ao seu clube do coração a emprestar dinheiro ao Vasco, ou diretamente enquanto pessoa física, ou por meio de suas empresas, sempre com promessas e garantias que nunca se concretizam em pagamento do que é contratado e devido... desde 2009, o Sr. José Luis Moreira da Silva busca a satisfação de seu crédito, inúmeras vezes frustrada, sempre com uma mesma e conhecida narrativa: consegue-se penhora, são feitos acordos, homologados pelo juízo e novamente, em pouco tempo, o Réu deixa de quitar com suas obrigações e todo o processo de cumprimento de sentença homologatória se reinicia - diz um trecho da ação.
O ge entrou em contato com José Luís Moreira, mas o ex-dirigente optou por não falar sobre o assunto, que está entregue a seus advogados. O Vasco ainda não foi citado sobre a ação.
Fonte: ge