UFC: Treinador pede que torcida vascaína apoie Chad Mendes
Além das regras que norteiam o MMA, esporte que mais cresceu no mundo na última década, um curioso dado se repete em quase todas as principais academias do planeta e chama a atenção dos fãs mais assíduos. Dificilmente um campeão do UFC não possui um treinador brasileiro.
Nomes como Georges St. Pierre, Frankie Edgar, Jon Jones e Brock Lesnar são alguns dos que, ao erguer o cinturão mais desejado do MMA, tiveram uma bela ajuda de técnicos de nosso país. E, para Fábio Pateta Prado, o americano Chad Mendes será o mais novo nome dessa lista ao encarar o campeão José Aldo no próximo dia 14 de janeiro, em evento realizado no Rio de Janeiro.
- Ele está muito bem tanto psicologicamente e fisicamente. Está muito bem treinado, voando mesmo. Pronto para tudo, para trocar, derrubar e lutar no chão. Tenho certeza que ele vai ganhar mais essa.
Faixa-preta de jiu-jitsu formado pelo falecido mestre Carlson Gracie, o carioca Pateta se mudou para os EUA há cinco anos onde coordena os treinos de chão e de MMA da equipe Alpha Male que, entre outras feras, conta com a presença de Urijah Faber, Joseph Benavidez e Danny Castillo, além do próprio Mendes.
Com tantos talentos em mãos, o treinador brasileiro mira um recorde histórico na principal organização de MMA do planeta; a conquista de três cinturões. O recorde anterior, aliás, pertence à Black House, quando Lyoto Machida e Anderson Silva ocupavam o posto de número um de suas categorias, e à Jackson\"s Mixed Martial Arts, que colocou Jon Jones e Georges St. Pierre como campeões.
- Vamos buscar esses três cinturões. O Chad pega o Aldo (até 66 kg), depois o Faber pega o Dominick Cruz (até 61 kg) e depois ainda temos o Benavidez que vai limpar o GP dos moscas (57 kg). É isso, vamos quebrar esse recorde [risos].
Curiosamente, o Pateta influenciou não apenas na habilidade no jogo de chão de seus pupilos, como também no amor pelo futebol, a paixão nacional dos brasileiros. Através de Pateta, o americano Chad Mendes conheceu o Vasco e até posou com a camisa do clube em uma brincadeira com o rival Aldo, torcedor fanático do rival Flamengo.
A repercussão foi tanta que a torcida Força Jovem da Ilha do Governador (RJ) enviou um kit com cerca de 15 camisas organizada para demonstrar apoio ao intruso que promete estragar a festa montada no HSBC Arena.
- Vamos ter apoio sim, com certeza. Recebi muitos e-mails e têm bastante gente apoiando. Ele vai se sentir confortável, até porque se xingarem ele não vai entender mesmo [risos].
Brincadeiras à parte, o treinador faz questão de deixar claro o aspecto profissional de seu trabalho, que não pode ser confundido com uma espécie de traição ao país ou com o jargão de creonte, adjetivo que costumava ser usado entre os praticantes de jiu-jitsu na década de 80 e 90 para apontar o atleta que havia trocado de academia ou de modalidade de luta.
- O Parreira foi treinador da África do Sul e Felipão de Portugal. Porque eu não posso [risos]? É um esporte, amo esses moleques. Estamos juntos há cinco anos e somos uma família. O esporte está crescendo, cada vez mais profissional, então, estamos juntos nessa guerra.
Aos 26 anos, o invicto Mendes acumula um perfeito cartel em 11 apresentações, incluindo triunfos sobre o brasileiro Rani Yahya e sobre o americano Javier Vazquez.
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