Trechos da coletiva de Gabriel Pec nesta quinta (25)
A semana não tem sido tranquila para o Vasco. Depois de entrar na zona de rebaixamento após duas derrotas seguidas no Brasileirão, o clube foi alvo de protestos da torcida, que pede a saída do técnico Maurício Barbieri e de dirigentes, além de cobrar a 777 Partners. Apesar do momento complicado, Gabriel Pec acredita na superação do time e no trabalho que tem sido feito.
- O trabalho do Barbieri é muito bom, na minha vida ele é um dos melhores treinadores que já tive. Aprendo muito com ele, não só eu como todo o elenco. A gente está fechado com ele, acreditamos bastante nele. A gente já fez grandes jogos, todos puderam ver, infelizmente não estamos vivendo grande momento, mas podem ter certeza que o trabalho está sendo feito. Ele explica tudo certinho pra gente, por onde a gente deve atacar, o que a gente tem que fazer. É mais a gente botar em prática o que ele está pedindo, temos tudo para dar a volta por cima - disse Pec em coletiva.
O atacante entende as cobranças do torcedor, mas pede apoio para que o Vasco consiga sair desse momento ruim.
- Sabemos que é um momento difícil, ninguém quer entrar na zona de rebaixamento. Eu posso falar bem disso, já vão fazer 14 anos que estou aqui, disputei duas Série B. Não posso pedir paciência, mas posso pedir ao torcedor para estar junto da gente, porque todos nós sabemos a força da nossa torcida. Quando juntamos isso com o grupo ficamos cada vez mais fortes. O torcedor carrega esse clube há mais de 20 anos, nesse momento ruim. Vamos superar juntos.
Os vascaínos esperam explicação de dirigentes sobre a situação do clube. Perguntado se se sentia constrangido por ter que dar as caras nesse momento, Pec ressaltou o seu tempo de Vasco como fator que o credencia para falar em nome de todos.
- Não me sinto constrangido, gostei de ser chamado, porque mostra que eu tenho um peso dentro do elenco. Por ser jovem quero me posicionar, já vivi muitas coisas aqui, estou nesse clube há 14 anos, então seria justo eu vir falar também pelo meu conhecimento de Vasco. Estou aqui para os momentos bons e ruins.
O Vasco volta a campo no próximo sábado, às 16h, para enfrentar o Fortaleza, no Castelão. O time é o 17º colocado, com seis pontos e não vence há seis rodadas.
Outras declarações de Pec:
Pressão
- Nós somos uma família, a gente se fecha bastante aqui e sabe o que está devendo dentro de campo para o torcedor. Estamos trabalhando forte e unidos para dar a volta por cima.
Próximos jogos
- Não só esses três jogos (Fortaleza, Flamengo e Internacional), mas todos os jogos são uma final, porque todos os times têm muita qualidade. Estamos preparados. A gente está bem fechado internamente, trabalhando, mostrando nossas falhas e o que a gente tem que melhorar.
Flamengo no Maracanã
- Não acho que o Maracanã se torna um campo neutro, porque já fizemos grandes jogos lá contra grandes equipes. Temos que continuar trabalhando e nos fortalecendo e, como falei, precisamos da ajuda do torcedor.
Protestos
- Como estou reforçando em todas as minhas respostas, a gente é uma família. Toda a diretoria quanto a SAF, o Abel, eles nos apoiam bastante, não deixam isso refletir no campo. A cabeça é focada no campo e no trabalho para dar o retorno dentro de campo.
Ausência de Pedro Raul
- O Pedro é uma referência para a gente em campo, um camisa 9 nato, finalizador. Claro que sem ele mudam as características do nosso jogos, mas a gente vem trabalhando, Barbieri está com boas ideias e vai dar tudo certo.
Zona de rebaixamento
- Ninguém gostaria de estar na zona de rebaixamento, mas precisamos entender que é início de campeonato. Claro que temos que ligar o sinal de alerta o quanto antes, mas ainda faltam bastante rodadas e a gente está fazendo um excelente trabalho internamente. Vai render frutos e a gente vai sair dessa situação.
Fernando Miguel e Pikachu
- Quando eu cheguei no profissional com 18 anos, o Pikachu e o Fernando Miguel eram ídolos e exemplos. Poder jogar contra eles vai ser uma emoção, porque são dois caras que me ajudaram muito.
Mental
- A gente conseguir empatar um jogo tão grande no Morumbi é algo muito difícil, e a gente conseguiu, mas acho que faltou maturidade da nossa parte de saber controlar, prender mais a bola. Já foi conversado isso internamente e espero que não aconteça mais.
Perto de marca expressiva
- Estou feliz pelo meu momento individual, por estar completando 150 jogos. Cheguei aqui com 8 anos de idade, e hoje estar completando essa marca no profissional, um clube que tem uma tradição imensa no Brasil e no mundo. É uma honra para mim. Acho que esse momento delicado vai servir para dar a volta por cima e, quem sabe, coroar esses 150 jogos com uma vitória.
Diferença do atual momento para os últimos anos
- O trabalho está sendo feito, a gente sabe dos nossos erros, o que a gente tem que melhorar. A gente nos cobra muito internamento e creio que vai haver uma melhora nos próximos jogos. A gente precisa do apoio do torcedor, não da paciência, mas do apoio. Que eles continuem nos apoiando, porque juntos vamos vencer.
Função tática
- Acho que venho fazendo bons jogos. Acho que meu diferencial é essa função tática de voltar e ajudar na marcação. Eu me sinto às vezes cansado por isso, porque tenho que voltar e atacar, mas acho que isso que me torna diferente e me ajuda em alguns jogos.
Fonte: ge