Torcida do Vasco deixa de lado o calor e faz a festa em São Januário
Encarar o calor de 40 graus no domingo do Rio de Janeiro por si só já seria suficiente, mas a torcida do Vasco fez mais. No primeiro jogo após o rebaixamento para Segunda Divisão, 8.892 vascaínos trocaram os blocos que lotam as ruas do Rio de Janeiro, a praia, e não pouparam a garganta para apoiar a equipe no pontapé inicial da temporada em que o clube luta para voltar à elite do futebol nacional. No fim, a vitória por 4 a 1 sobre o Madureira, pela primeira rodada da Taça Guanabara, fez valer a pena o esforço de quem não parou de pular para fazer o caldeirão voltar a ferver.
Desde o aquecimento, quem esteve presente em São Januário fez questão de mostrar o apoio incondicional ao time de Jorginho. Vaiado em 2015, Julio dos Santos, cara nova na equipe titular, teve seu nome gritado assim que pisou no gramado de São Januário. Na preliminar, o time sub-20 fez 3 a 2 no Tricolor Suburbano, gols de Caio Monteiro, Andrey e Evander, todos que treinam entre os profissionais, e deu o aperitivo para festa sob o calor escaldante.
Logo aos sete minutos, Riascos esquentou ainda mais a festa cruz-maltina - se é que isso era possível -, e nem mesmo o gol de empate de Daniel, oito minutos depois calou o torcedor. Fazendo valer o slogan de 2009, que dizia que "O sentimento não para", os vascaínos deram de ombros para os traumas do rebaixamento de 2015 e até fizeram as pazes com antigos "desafetos". Criticados na temporada passada, Julio dos Santos e Riascos dividiram espaço com Nenê ao terem seus nomes cantados. Em entrevista coletiva, Jorginho reconheceu o esforço das arquibancadas e agradeceu o apoio:
- Um grande parabéns para o nosso torcedor. É como eles falam: "O sentimento não pode parar". Estou feliz pela presença de cada um. Falava com o pessoal que devia dar para fritar um ovo na arquibancada. Estava muito quente. Depois de tudo que aconteceu, o torcedor veio, acreditou, apoiou... Eles estão de parabéns. Isso vai ser a chave para termos êxito durante o ano.
Ao término da partida, Nenê também deu a contrapartida e jogou a camisa no setor onde fica localizada uma das torcidas organizadas. O carinho acabou se transformando em confusão e a Polícia Militar teve que entrar em ação, pegando o mimo e repassando para uma criança. No fim, quem optou pelo bloco da Cruz de Malta no domingo voltou para casa feliz.
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