Torcedores lotam estádios pelo Brasil com o 'efeito SAF'
“Caldeirão insuportável”. Assim, Ronaldo, dono da SAF do Cruzeiro, definiu a presença dos quase 60 mil torcedores da Raposa na vitória por 2 a 0 contra o Sampaio Corrêa, com gols de Rafael da Silva e Edu. Além do triunfo, o público — sexto maior entre os clubes brasileiros na temporada — também viu o Cruzeiro abrir três pontos de vantagem do Bahia na liderança da série B. Com a união entre o bom momento do clube dentro de campo e a nova gestão, com a SAF, cruzeirenses, assim como botafoguenses e vascaínos, lotam os estádios pelo país e demonstram empolgação.
— Espero que sigam desfrutando. Nós aqui vamos seguir trabalhando. Fico contente pela torcida, mas sabemos que ainda não ganhamos nada. Falta muito, temos muita coisa pela frente. É seguir trabalhando. Seguir melhorando jogo a jogo. Caminhada muito longa — disse o técnico uruguaio Paulo Pezzolano após a partida.
Para a partida contra o Brusque, na próxima quinta-feira, às 19h, a torcida do Vasco esgotou os ingressos de arquibancada pela terceira vez seguida. Ao todo, 18 mil ingressos foram vendidos. Segundo o clube, restam poucos bilhetes para o setor social e a área VIP do estádio.
Embora o futebol apresentado não seja dos mais vistosos, o que gera algumas críticas, o cruz-maltino é o único clube invicto entre os 40 principais do Brasil. Além disso, no G4 da segunda divisão, o Vasco lucrou quase R$ 800 mil só com as receitas das quatro partidas que fez em casa na Série B. Para se ter ideia, nos quatro primeiro jogos em São Januário na Série A de 2019, última temporada antes da pandemia, o clube teve prejuízo de R$ 44 mil.
No fim de abril, sócios do Vasco aprovaram, em Assembleia Geral, uma alteração estatutária para permitir a constituição de uma Sociedade Anônima de Futebol. Embora o clube não tenha recebido o investimento da 777 Partners — em fevereiro, o cruz-maltino recebeu um empréstimo de R$ 70 milhões da empresa e aguarda a proposta oficial para seguir com os processos burocráticos —, torcedores já se mostram empolgados com a nova gestão e a oportunidade de fortalecer o time com a contratação de jogadores na segunda janela de transferências do Brasil, que começa no dia 18 de julho.
Para quinta-feira, o técnico Zé Ricardo terá os retornos de Yuri Lara e Nenê. Ambos voltam de suspensão. Por outro lado, o treinador não terá o lateral Gabriel Dias, que recebeu o terceiro cartão amarelo, e pode não ter Juninho. Com dores na coxa esquerda, o volante foi substituído no intervalo do jogo contra o Guarani e não treinou com o elenco nesta segunda-feira.
Assim como o rival, a torcida do Botafogo também tem demonstrado grande empolgação com o time do técnico Luís Castro e a nova fase, sob o comando de John Textor. Retrato disso é que, no último sábado, mais de três mil alvinegros invadiram Belo Horizonte para apoiar o time contra o América-MG no Independência. Embora tenham ido como visitantes, os botafoguenses eram quase o dobro em relação aos donos da casa. No Nilton Santos, o Botafogo tem média de 31.750 torcedores no Brasileirão.
Fonte: extra.globo