Torcedores envolvidos em confusão no Couto Pereira serão punidos
A final da Copa do Brasil da última quarta-feira, em que o Coritiba venceu o Vasco por 3 a 2, mas que deu o título aos cariocas, terminou com 22 pessoas autuadas por tumultos ocorridos durante a partida, dentro do campo e nas imediações do estádio Couto Pereira. Depois de identificados por policiais militares, os \"torcedores\" foram encaminhados para o Juizado do Torcedor, unidade do Juizado Especial Criminal que funciona de forma itinerante, nos estádios, durante a realização de partidas por competições oficiais.
O trabalho no Juizado começou duas horas antes do início da decisão do torneio nacional e se estendeu durante a madrugada, até as 3h15, muito depois do apito final, com atuação de uma promotora de justiça, de juízes supervisores, de um advogado como defensor público e das Polícias Civil e Militar.
Dentre os autuados por baderna, 13 cumprirão prestação de serviço comunitário de 20 horas, exatamente nos dias de jogo do Coritiba, durante o Brasileirão, junto à Fundação Educacional Meninos e Meninas de Rua Profeta Elias. Houve também autuação por porte de maconha, outra por desacato a autoridade, cometido por um advogado, que terá de pagar meio salário mínimo por seis meses para a mesma entidade já beneficiada com o serviço comunitário.
Outras seis pessoas foram flagradas vendendo produtos falsificados com a marca do Coritiba. Por conta disso, deverão pagar R$ 200,00 de prestação pecuniária em favor da entidade conveniada por cada ítem. Um torcedor do Coxa que apontava uma caneta que emite raio laser para a torcida adversária foi enquadrado por incitar a torcida adversária à violência, conduta prevista no art. 41-B do Estatuto do Torcedor. Ele cumprirá 16 horas de prestação de serviços à comunidade nos finais de semana em que houver jogos do Coritiba.
- Com o Juizado do Torcedor há uma resposta mais célere à violência nos estádios, afastando a sensação de impunidade, além de haver a prestação de serviços comunitários às entidades cadastradas. Ademais, o fato de o torcedor ficar afastado do estádio, justamente nos jogos de seu time, prestando serviços comunitários a uma entidade beneficente, e privado de assistir ao jogo, certamente levará a uma mudança de atitude. Não há medida mais apropriada para o torcedor - afirmou a Promotora de Justiça Cristina Corso Ruaro.
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