Thiago Galhardo abre o jogo sobre pedido ao técnico Alberto Valentim
Depois dos treinos e jogos, o meia Thiago Galhardo, acostumado mais a criar do que destruir jogadas, ainda encontra, em casa, um atacante rápido e um tanto quanto ousado para tentar parar. Aquele que insiste em dar trabalho para seus marcadores, principalmente aqueles de primeira viagem.
Esse pequeno garoto é Bernard, 11 meses. Ágil como alguém cheio de curiosidades e um mundo para conhecer, o filho mais novo tem ensinado novas funções para o meia, que vira volante em casa para conseguir fazer o trabalho "pesado": troca fraldas, dá banho e até papinha. Até jogar bola parece fácil perto da missão papai...
- Só banho que às vezes não dou (risos). Tenho medo. Quase afoguei o menino (risos). De resto, fazemos tudo o que dá. Dou papinha, brinco. Não tiro de letra (risos). Jogar bola é bem mais fácil - brinca Thiago Galhardo.
Cuidar do ousado Bernard, porém, ainda é mais fácil do que marcar, como revela o próprio meia do Vasco.
- Marcar ou cuidar da criança? Cuidar da criança (risos).
Até por isso, brincadeiras à parte, Thiago Galhardo teve uma conversa com o técnico Alberto Valentim recentemente.
- Conversei com ele e pedi para não jogar mais ali, como volante, porque não estava conseguindo render tudo o que poderia. Não estava ajudando o time. Voltei para a minha posição de origem. Espero que nos últimos seis jogos eu ajude ainda mais o time. Quando estava como volante me preocupava muito com a questão tática e estava um pouco perdido dentro do que o Alberto pede - explica Thiago Galhardo.
Mas como e onde ele gosta de jogar?
- Perto do ataque, do Maxi, tendo a liberdade de movimentar. Ir para a esquerda, direita, vir buscar a bola. Acaba que você não tem tanta função de marcar, como volante - diz o meia, que entrou nas partidas contra Internacional e Fluminense já como "camisa 10", depois do papo com Alberto Valentim.
No Vasco desde o começo do ano, Thiago Galhardo viveu a oscilação com a equipe. Foi de titular a reserva algumas vezes. Sofreu lesões. Não teve sequência. E ele acredita que esse tenha sido o grande problema do time, que luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro - está em 13º lugar, com 38 pontos, a quatro do Z-4.
- Eu acho que as lesões atrapalharam bastante. Se você for ver, o Desábato era titular, eu titular, Rildo titular. Tivemos jogadores que chegaram e nos ajudaram bastante, mas Castan chegou e já machucou, Werley machucou contra o Vitória, voltou contra o Vitória e machucou de novo. Quando estamos pegando o encaixe sempre acontece alguma coisa. O Alberto conseguiu repetir o time e isso é importante - analisa.
Otimista, Thiago Galhardo, depois da vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, tem até planos mais ousados do que só brigar contra o rebaixamento até o fim de 2018.
- Não podemos pensar em zona de rebaixamento, até por essa folga que abrimos, e temos de almejar coisas grandes. Falar de Libertadores seria muito forçado, mas Sul-Americana pode ser real.
Fonte: geMais lidas
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