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Texto final do novo Estatuto será votado na Assembleia Geral

O Vasco se reuniu nesta segunda-feira para tratar dos últimos pontos da reforma do seu estatuto. Em um encontro marcado pelas discussões serenas entre os participantes, o quarto desde que a pauta chegou ao Conselho Deliberativo do clube, um dos tópicos mais controversos da reforma, a inelegibilidade do presidente em caso de contas reprovadas, não foi inserido no texto por falta de quórum - não havia a presença de no mínimo 151 conselheiros na sessão.

Outro ponto polêmico, implementando a proibição do conselheiro de ocupar cadeira e ser prestador de serviço remunerado ao mesmo tempo também ficou fora do texto final. Com isso, a relação que se configura conflito de interesses, de acordo com determinados setores da política do clube, segue sendo permitida pelo estatuto.

Ficou definido que o Vasco não terá número máximo de beneméritos, ainda que apenas 150 possam participar das reuniões do Conselho Deliberativo. Isso signfica a manutenção do texto atual, contrariando a sugestão de mudança que estabelecia o limite de 170 beneméritos.

Na discussão sobre fraude eleitoral, acertou-se que o Vasco terá mecanismos internos para apurar denúncias de fraudes eleitorais de autoria da diretoria administrativa, sem a exclusão imediata do gestor - no texto do novo estatuto constava a punição sumária.

Sobre a regulamentação dos votos dos sócios que moram fora do  estado do Rio, o Conselho Deliberativo decidiu que preferencialmente a eleição aconteça no sábado ou no domingo, facilitando assim a ida do torcedor de fora do Rio ao clube para votar. Ficou também acertado que ela acontecerá com urna eletrônica, havendo disponibilidade da Justiça Eleitoral. Por outro lado, a tentativa de implementar voto pela internet ou então criar novos pontos de votação por cédula fora do estado do Rio ficou pelo caminho e não constará no novo estatuto. Seguirá a sede do Vasco o único local de votação.

Acordo por lista

O texto final do novo Estatuto, resultado das quatro sessões do Conselho Deliberativo, será votado agora na Assembleia Geral, como um todo, sem a discussão de partes específicas. Caberá a Faues Mussa, presidente da AG, convocar a votação. A tendência é que ela aconteça, mais tardar, em 60 dias.

Na reunião desta segunda-feira Mussa e o presidente Alexandre Campello trouxeram a público a bandeira branca hasteada  quanto à disputa pela lista de sócios do clube. O dirigente aceitou liberar ao presidente da Assembleia Geral a relação. A tendência é que, com isso, o processo que ameaçava o presidente de suspensão, por ter supostamente atrapalhado a investigação da sindicância que apurava a entrada de novos sócios, seja arquivado por Roberto Monteiro.

Fonte: Agência O Globo