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Sócio do rival? Grupo quer saída de CEO do Vasco caso denúncia se confirme

O grupo de conselheiros do Vasco que apresentou denúncia interna contra o CEO da SAF, Luiz Mello, solicitou que o termo de posse do dirigente se torne nulo caso as investigações apontem uma infração ao documento assinado por ele.

A denúncia — divulgada pelo UOL — aponta uma suspeita de que Luiz Mello tenha assinado o termo de posse em 31 de agosto de 2022, quando ainda tinha um vínculo ativo no programa de sócio-torcedor do Flamengo, algo que infringe o regulamento que está proposto no próprio documento que o executivo assinou.

No trecho em questão, há o impeditivo em ter "vínculo associativo com clube ou entidade de prática esportiva, exceto pelo acionista fundador", neste caso, o Vasco. Na Lei Geral da SAF, por sua vez, esse tipo de situação não é citada.

"O fato de ter, no termo de posse, que isso é vedado, ou seja, isso na negociação [da SAF] foi colocado como elemento de vedação, faz com que não seja apenas uma questão de gostar ou não. Torna-se uma questão moral, em primeiro lugar, e jurídica, em segundo lugar. Ele atestou que não tinha vínculo com outra entidade. A partir daí, nós, conselheiros, pedimos uma averiguação desse caso", disse o conselheiro Tanguy Baghdadi, um dos autores da solicitação.

Esta regra estabelecida no termo de posse foi proposta pela associação no chamado "acordo de acionistas" que aconteceu no momento da elaboração da SAF vascaína, e que estabelece uma série de particularidades da Sociedade Anônima de Futebol cruzmaltina. A empresa norte-americana 777 Partners, que realizou a compra, acatou tal exigência.

O clube associativo confirmou ao UOL, ontem (15), o recebimento das denúncias por parte do Conselho Fiscal, da Diretoria Administrativa e também dos integrantes da associação que fazem parte do Conselho Administrativo da SAF. Sócios também enviaram uma série de e-mails para a secretaria da agremiação cobrando explicações após a divulgação da reportagem.

A ressalva é a de que mesmo se comprovando a denúncia, não necessariamente a SAF precisa acatar o pedido do grupo de conselheiros de anular o termo de posse, uma vez que a decisão é tomada exclusivamente por ela.

O UOL está em contato com a Vasco SAF desde a última quarta-feira (14) disponibilizando espaço para que a mesma se manifeste sobre o tema, mas até o momento, nem ela e nem Luiz Mello concederam respostas. Caso haja um posicionamento, a matéria será atualizada.

Fonte: UOL Esporte