Seu Hélio e dona Roseli Curto recebem carinho da delegação

De todos os torcedores do Vasco que irão a Curitiba para a final da Copa do Brasil, hoje, um casal chama a atenção. Ele, com seu gorro vermelho, e ela, com sua camisa do Vasco, tentam passar despercebidos, mas o carinho que recebem de alguns membros da delegação vascaína, como o diretor-executivo de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, o goleiro Fernando Prass e o preparador de goleiros Carlos Germano, é diferente. Afinal, duas pessoas que fazem questão de ir a todos os jogos do clube, seja em São Januário ou em qualquer parte do Brasil, é de se exaltar. Por isso, o casal Hélio e Roseli Curto é diferente.

A ideia começou em 2008, quando seu Hélio se aposentou. Ele juntou suas economias e passou a ir a todos os jogos de seu clube de coração. Os membros da comissão técnica vascaína repararam no casal, que passou a ter uma recepção diferente dos outros torcedores vascaínos.

– Desde o ano passado, só não conseguimos ir a dois jogos, por conta de problemas de saúde. Mas prestigiar o clube foi algo que pude planejar. Faço questão de participar e não poderia estar longe da final – orgulha-se seu Hélio.

Um dos motivos pelo qual seu Hélio e dona Roseli ganharam ainda mais respeito da delegação vascaína é o respeito pelo espaço do clube. Por mais que os dois estejam hospedados no mesmo hotel que o Vasco, eles não abordam os jogadores para fotos e autógrafos. No entanto, deixam seu recado por meio de uma faixa na saída para o jogo.

– Eles precisam saber que estamos ao lado deles. E tentaremos estar sempre – finalizou seu Hélio, na expectativa para a finalíssima.

Paixão contagia dona Roseli

Dona Roseli conheceu seu Hélio há 15 anos. No início de namoro, ela recebeu um recado do seu futuro marido que quase a fez encerrar o relacionamento.

– Ele me disse que tinha uma paixão que ele não ia abrir mão. Na hora, me assustei, mas depois ele me disse que era o Vasco. Foi quando fiquei bem mais aliviada – disse a companheira de seu Hélio.

A paixão do marido pelo Vasco era tão grande que a contagiou. Hoje, dona Roseli também é apaixonada pelo Gigante da Colina, tanto que ela se emociona com a equipe. Ficar longe da finalíssima da Copa do Brasil não passava por sua cabeça.

– Tive medo de não ter ingresso. Mesmo que não tivesse, ia para a porta do estádio apoiar o time. Não poderia ficar fora deste momento – contou dona Roseli, que tem o ingresso garantido para a decisão.

\"Passo as mensagens deles para o grupo\"
Rodrigo Caetano, diretor-executivo de futebol do Vasco

Éimpressionante como eles fazem questão de sempre acompanhar a delegação e muitas vezes estão no mesmo hotel. Eles sabem respeitar nosso espaço, tanto que não incomodam.

Eles sempre me mandam mensagens de apoio, que faço questão de repassar aos jogadores.

Na Copa da Hora, eles ficaram no estádio mesmo após o jogo do Vasco. Quando recebemos o troféu, não tinha quase vascaíno na Ressacada, mas eles estavam e estenderam uma bandeira.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)