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Saiba mais sobre Mosquito, craque do sub-15 do Vasco

No dia em que o Vasco da Gama ficou com o vice-campeonato brasileiro, uma turma de cruzmaltinos teve muitos motivos para celebrar. Tratam-se dos cinco vascaínos que, também no domingo, sagraram-se campeões do Sul-Americano Sub-15 pela seleção brasileira. Um deles, em especial, volta do Uruguai duplamente premiado e, desde já, enquadrado como o mais novo candidato a ídolo na Colina. Fala-se aqui do atacante Thiago Mosquito, grande nome da conquista do Brasil, artilheiro e eleito melhor jogador da competição.

Os números de Mosquito no Sul-Americano são bastante significativos: foram onze gols em apenas sete partidas (média de 1,57/jogo), sendo que todos só saíram a partir do terceiro duelo, ante a Bolívia – no qual o atacante fez logo cinco. Daí em diante, o vascaíno deixou sua marca nos quatro demais confrontos. Abriu o placar na vitória contra o Paraguai, marcou dois na abertura do quadrangular contra a Argentina, outros dois em cima da Colômbia e fez o gol que encerrou a goleada sobre o Uruguai.

O interessante é que, nas duas primeiras partidas, contra Colômbia e Peru, Mosquito andou abaixo do demonstrado no Vasco e com a própria seleção. Ante os peruanos, aliás, o camisa 9 esteve sumido ao longo dos 90 minutos – tanto que grande parte dos lances brasileiros vinham sendo construídos na habilidade de Robert, Caio Rangel e Matheus Índio – e em uma de suas duas chances, perdeu um gol incrível – depois do goleiro soltar em seus pés um chute de Caio Rangel, Mosquito demorou para concluir e bateu em cima do zagueiro.

Além dos gols, Mosquito também participou de outros dois dos 14 tentos assinalados pelos brasileiros no Sul-Americano – ou seja, uma participação direta em mais de 50% dos tentos da equipe. No 4 a 2 diante dos argentinos, por exemplo, o atacante posicionou-se na entrada da área pela esquerda, recebeu e deu um lançamento preciso para Robert dominar e abrir o placar. Já no 4 a 0 aplicado nos uruguaios, foi de Mosquito o desvio após um escanteio para que Lincoln marcasse o segundo dos brasileiros.

Tal característica, aliás, é uma das que chamam atenção no atacante. Apesar de ter bom porte físico e estatura, o que o torna um alvo inclusive para pênaltis – e atuar bem quando centralizado, é um atacante que sabe cair pelos lados e, se necessário, fazer as vezes de armador. Atributo esse adquirido no Vasco, onde nem sempre atua como um camisa 9 de fato. Na final do Estadual Sub-15 contra o Fluminense, por exemplo, o gol do título vascaíno saiu em uma escapada de Mosquito, fazendo a jogada para Choco conferir para as redes.

O desempenho no Sul-Americano encerra um 2011 bastante positivo ao atacante, que para muitos, disputa com o companheiro de seleção Robert o posto de melhor /96 do País – condição essa que, a julgar pela qualidade da safra, já destacada nesta coluna semana passada, será sempre muito passível de inúmeras discussões. Além do Sul-Americano, conquistou também a Mini Copa América e o Campeonato Carioca Sub-15 – mesmo longe do time durante boa parte do torneio devido às chamadas para a seleção, ainda foi às redes 12 vezes.

Evidente que é cedo para concluir se Mosquito desponta como o sucessor de Alex Teixeira e Phillipe Coutinho na lista dos recentes \"cobrinhas vascaínos\", bem como garantir que o atacante é quem dará fim a \"seca\" de goleadores da qual se entende viver o futebol brasileiro. Até porque é nesta transição do sub-15 ao sub-17 que o jogador passará em 2012 que prodígios e eternas promessas começam a se distinguir. Mas mantido o rendimento de 2011, as chances para que Mosquito torne seus arremates ainda mais letais às redes rivais do que as picadas do inseto que lhe gerou o apelido são consideráveis.

Fonte: Olheiros.net