Ricardo Gomes completa seis meses à frente do Vasco
Há seis meses, o técnico Ricardo Gomes chegava a São Januário visto com ressalvas pela torcida. Após o início de ano ruim do Vasco, a demissão de Paulo César Gusmão, o afastamento dos ídolos Carlos Alberto e Felipe, o treinador estava parado há quase seis meses e foi contratado para acabar com a crise. Em uma semana de negociações, com outros nomes em vista, Ricardo aceitou o desafio. Em meia temporada, conseguiu arrumar a casa e formar um time novamente vencedor, com o título inédito da Copa do Brasil e a consequente classificação para a Libertadores do ano que vem.
Se no São Paulo os 13 meses não foram suficientes para convencer a diretoria do seu valor e não ter o contrato renovado, no Vasco bastaram quatro meses. Do time alquebrado moralmente pelo pior início de Estadual da história do clube, ele recuperou a autoestima dos jogadores, ganhou peças-chaves como Diego Souza e Alecsandro e comandou a conquista de uma taça inédita no salão de troféus de São Januário.
A volta da confiança sempre é lembrada entre os jogadores como fator principal para a recuperação do time. Desde os mais jovens que saíam vaiados a cada partida, como Rômulo, que hoje é titular incontestável e homem de confiança do técnico. Ao ídolo Felipe, afastado pela diretoria sem muitas explicações, que foi resgatado pelo treinador e se tornou uma das principais lideranças em campo.
Entre os primeiros até o fim
Com a primeira meta atingida, Ricardo sabe que o desafio é ainda maior. Para fazer história só com a conquista de muitos títulos. Por isso, o Brasileiro continua como meta, assim como a Sul-Americana, que terá início na próxima quarta-feira contra o Palmeiras. Sua função é manter o time motivado após a garantia da vaga na Libertadores.
A motivação só continuará com vitórias como o técnico já afirmou. Nos seus planos, o time tem de se manter entre os cinco ou seis primeiros até dez rodadas para o fim, quando o campeão será decidido.