Renato comemora a calmaria de São Januário
\"O céu é o limite\". Assim Renato Gaúcho profetizava sobre as perspectivas do Vasco caso ganhasse a Copa do Brasil. A decisão passou. O Vasco perdeu. E o treinador continua forte no cargo, mesmo deixando escapar o título nacional para o maior rival.
Em meio à conturbada realidade dos técnicos cariocas, o comandante vascaíno pode se considerar no paraíso. Após um ano à frente do time, não desgastou sua imagem. Em nenhum momento, foi cogitada sua saída pelos dirigentes cruzmaltinos. E a expectativa é crescer no clube. \"Eu quero continuar aqui. Estou muito feliz e enquanto me quiserem, vou crescendo no clube\", afirmou Renato.
A tranqüilidade é tamanha que Renato chegou a se espantar ao saber da demissão de Oswaldo de Oliveira do Fluminense. Incrédulo, falou sobre o assunto. \"É sério que ele caiu? Eu já não sei mais quantos companheiros passaram por lá enquanto sou treinador do Vasco\".
A permanência em São Januário se deve muito à confiança que o treinador conquistou com os torcedores. Em nenhum instante, houve protestos para sua saída. \"A minha tranqüilidade para trabalhar pode ser atribuída também à torcida que nunca pediu minha cabeça e confia em mim\", disse o técnico, que também elogiou os dirigentes vascaínos.
Hoje, até a situação em que o Vasco se encontra no Brasileiro facilita o trabalho no clube. A oitava posição, com 22 pontos, é relativamente boa. E mesmo a derrota para o Paraná foi bem vista em São Januário. \"Perdemos, mas tínhamos tudo para vencer. Fiquei muito satisfeito com a atuação do time\", ressaltou.
Com sua já tradicional marra, que sustenta desde à época de jogador, e o jeitão malandro de ser, Renato constrói uma história diferente da habitual do futebol Brasileiro. Tudo está dando certo para o treinador, que está há 13 meses em São Januário. Mas, se o céu é mesmo o limite, é bom se manter precavido, pois, agora, só lhe resta a descida.