Rafael Carioca sério por fora, mas brincalhão por dentro
Cena em câmera lenta: bola no campo de defesa, Rafael Carioca tem a posse e é pressionado por dois adversários. Cercado, pode recuar ou apelar para o chutão. Para que fazer o fácil? A torcida prende a respiração por um segundo e depois relaxa quando Rafael sai jogando e leva o time para o ataque.
Melhor passador do Vasco na Série A, o volante vive sobre o fio da navalha e age como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Neste sábado, contra o Guarani, às 18h30, em Campinas, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, ele pode mostrar mais uma vez por que é o homem de gelo de São Januário.
Isso é da minha personalidade. Se der chutões, vou acabar sendo mais um. Se for preciso, eu dou. Quando faço, fico de cabeça quente, me bate um apavoro. Não gosto mesmo, é coisa minha disse.
Fazer o mais difícil tem lá o seu preço. Rafael Carioca acerta bem mais do que erra, mas quando erra, há consequências, como na partida contra o Vitória, no Barradão, pela Copa do Brasil, e no jogo contra o Avaí, em casa, pelo Brasileiro. Nos dois casos, um erro de saída de bola ocasionou o gol adversário. Para o técnico PC Gusmão, o estilo ousado não deve ser tolhido. É natural.
Isso é dele, é característica de um volante que dá qualidade a qualquer meio de campo. Ele sabe que joga numa posição-chave, onde não se pode errar ressaltou o treinador.
Nilton também elogiou o camisa 8 e disse que já está acostumado com o futebol de Rafael. O jogador, aos risos, admitiu que no início sentia frio na barriga ao ver o companheiro sair de apuros com a cabeça em pé e a bola dominada. No Brinco de Ouro, sua frieza será mais do que necessária.
- SuperVasco