Racha no clube dos 13 depende dos "atrasados" para acontecer
Após dois dias de reunião, o edital para a comercialização dos direitos de transmissão do triênio 2012-2014 do Campeonato Brasileiro foi aprovado. O preço para isso, no entanto, foi o maior racha nos quase 25 anos de existência do Clube dos 13, fato que pode resultar até no fim da entidade. Para que isso aconteça, no entanto, um seleto grupo de times, que até então estava à margem das discussões, deve ganhar os holofotes e ser decisivo para qualquer movimentação futura.
Pelo atual alinhamento, o Corinthians é o grande líder dos oposicionistas no Clube dos 13. O clube alvinegro já formalizou o pedido de desfiliação, mas para deixar de vez a entidade terá de saldar as dívidas (que chegam a R$ 25 milhões) e formalizar o pedido em uma assembleia geral.
Por enquanto, ao lado do Corinthians, já manifestaram desejo de deixar o C13 e se aventurar em uma negociação individual pelos direitos de transmissão o Coritiba e os quatro grandes do Rio de Janeiro, grupo formado por Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama. Os cariocas, inclusive, deverão dar detalhes da decisão ainda nesta quinta-feira.
Do outro lado, o grande destaque é o São Paulo, clube que ocupa a 1ª vice-presidência do C13. Além da equipe, também estão fechados com o Clube dos 13, pelo menos por enquanto, Atlético-MG, Atlético-PR, Santos, Bahia e Internacional.
Dessa forma, nove times despertam o interesse de ambos os lados, que pretendem reforçar o poder do Clube dos 13 ou decretar de vez o racha na entidade. O Palmeiras, por exemplo, já foi abordado pelo presidente corintiano Andrés Sanchez, como informou o Blog do Perrone, e pode engrossar o coro dos oposicionistas.
O Grêmio também já começa a virar alvo dos dissidentes e, assim como os palmeirenses, pode anunciar em breve a adesão ao movimento, mesma posição do Vitória.
O Sport, por outro lado, deve seguir ao lado do C13. O grande motivador dos pernambucanos é o reconhecimento, por parte da CBF, do título brasileiro de 1987 ao Flamengo.
Dois times, no entanto, estão \"atrasados\" na conversa por problemas particulares com seus presidentes. Hailé Pinheiro, do Goiás, passou a última quarta-feira internado com insuficiência respiratória . Manuel da Lupa, que chegou a declarar na última segunda que não tomou conhecimento do assunto, chegou a passar por um consultório para exames de rotina e também ficou isolado de todas as discussões de bastidores.
Cruzeiro e Guarani completam o grupo dos dissidentes e devem aguardar o avanço das negociações com os demais para se posicionarem. A equipe mineira, no entanto, carrega uma desavença com o Corinthians desde a eleição para vice-presidência da entidade, em 2008, quando o cruzeirense Zezé Perrella se desentendeu com o corintiano Andrés Sanchez. Já os representantes de Campinas adotaram o silêncio, mas a tendência é que também permaneçam no C13.