Possível ligação de Eurico com bicheiros será apurada pela Justiça Eleitoral
O procurador da República, Marcelo Freire, que atua na 6ª Vara Federal Criminal, pedirá a transferência do sigilo do processo da Operação Hurricane para a Justiça eleitoral apurar supostas doações eleitorais feitas pela máfia dos bingos a 12 pessoas. Os repasses constam numa contabilidade apreendida pela Polícia Federal durante a operação, em abril deste ano.
Os valores estão lançados numa lista manuscrita com os nomes de políticos que teriam sido beneficiados entre 2001 e 2002. A apreensão foi feita num imóvel de Júlio César Guimarães, um dos presos na ocasião. Júlio, que foi secretário da Associação de Bingos do Rio (Aberj), é sobrinho do bicheiro Capitão Guimarães, também na prisão.
O imóvel seria freqüentado por Luciano Nascimento, o Bola, apontado como homem de confiança da contravenção.
Com isso, o procurador eleitoral Rogério Nascimento pretende determinar se os pagamentos têm relação com doações de campanha.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Roberto Wider, lamentou ontem o novo escândalo: Lamentamos mais um evento envolvendo políticos.
Segundo a lista, uma das maiores beneficiárias teria sido a ex-governadora Rosinha Garotinho, com uma doação de R$ 1,6 milhão paga em três parcelas. Rosinha, que teve as contas de campanha aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nega.
Outros nomes citados são os deputados estaduais Álvaro Lins, Domingos Brazão e Chiquinho da Mangueira; o atual secretário de Cultura, Luiz Paulo Conde; a secretária de Desenvolvimento Social, Benedita da Silva; os ex-deputados federais Josias Quintal, Bispo Rodrigues e Eurico Miranda e Paulo Almeida; o deputado cassado André Luiz ; e a atual deputada federal Solange Amaral.
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