Por onde anda Abel Braga, o "Abelão"
Abel, o Abel Carlos da Silva Braga, nasceu no Rio de Janeiro no dia 1 de setembro de 1952. Começou no Fluminense, em 1968, e ficou nas Laranjeiras até 76, quando se transferiu para o Vasco.
Em São Januário, Abelão, como também era conhecido, conseguiu suas maiores glórias. Jogou ainda no Paris Saint-Germain, da França, de 1978 a 1980, no Botafogo, de 1983 a 1984, e no Goytacaz, em 1985, onde encerrou a carreira.
Zagueiro de muita vontade, o apelido no aumentativo não o impedia de jogar um futebol limpo e leal. \"Eu nunca machuquei nenhum adversário, pois jogava sempre na lealdade; na bola\", revela o ex-zagueiro.
Além de segurar e organizar a defesa, Abel também se arriscava no ataque. \"Certa vez, jogando pelo Fluminense, nós estávamos perdendo de 1 a 0 e precisávamos virar a partida. Eu estava no banco de reservas. De repente, o técnico Duque me chamou para entrar no lugar do Manfrini (ex-atacante), pedindo pra eu jogar enfiado. Não entendi nada, muito menos o coitado do Manfrini, que não queria sair. Eu entrei, marquei o gol de empate e ainda viramos o jogo\", lembra, sorrindo, Abelão.
Após pendurar as chuteiras, tornou-se treinador e já trabalhou no Vasco da Gama, Internacional, Olympique de Marselha (França), Atlético Paranaense, Coritiba, Atlético Mineiro e Ponte Preta. Em 2004, Abel assinou contrato com o Flamengo e comandou o rubro-negro nas conquistas da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca. Em 2005, ele assinou com o Fluminense, sendo campeão carioca pelo time das Laranjeiras.
Em 2006, ele acertou sua transferência para o Internacional de Porto Alegre (RS), levou o Colorado à final do estadual mas perdeu o título para o Grêmio, após um 0 a 0 no estádio Olímpico e um empate em 1 a 1 no Beira-Rio.
Abel, que já havia perdido as finais da Copa do Brasil de 2004 e 2005, dirigindo Flamengo e Fluminense, respectivamente, começava a carregar o estigma de vice. Alguns torcedores o chamavam até de \"Abel Vice Braga\".
Porém, em agosto do mesmo ano, após dois duelos memoráveis contra o São Paulo (vitória por 2 a 1, no Morumbi, e empate em 2 a 2, no Beira-Rio), que defendia o título sul-americano, Abel Braga e seus comandados colorados conquistaram a Copa Libertadores da América de 2006 e conseguiram vaga para disputar o Mundial de Clubes da Fifa, no Japão.
E no dia 17 de dezembro de 2006, na terra do sol nascente, o estigma de vice ficou definitivamente para trás. Após a vitória sobre o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho e Deco pelo placar mínimo (Adriano Gabiru marcou aos 37 do segundo tempo), Abel Braga levou o Inter ao seu primeiro título mundial e, finalmente, consolidou uma vitoriosa carreira.
Em abril de 2007, o treinador deixou o clube gaúcho e mesmo recebendo uma série de propostas preferiu descansar por um tempo e cuidar da família. Quatro meses depois, novamente procurado pelos dirigentes colorados, assumiu o Inter no lugar de Alexandre Gallo.
Após não alcançar a vaga para a Libertadores no Brasileirão de 2007 e cair diante do Sport na Copa do Brasil de 2008, no dia 1º de junho de 2008, Abel pediu demissão e acertou com o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos.
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