Política e alto salário de Muricy aproximam Autuori do São Paulo
A voz da torcida, que pede Muricy Ramalho no Morumbi desde a derrota para o Goiás, no início de junho, parece que não será ouvida pela diretoria do São Paulo para definir um novo treinador. Neste segunda-feira, no CT, o vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes afirmou que a diretoria leva em conta a vontade dos torcedores, mas que a decisão não está ao alcance das arquibancadas:
A coletividade é muito importante, a missão do clube é voltada para essa coletividade. Temos de considerar, mas a torcida tem um ponto de vista, não há um consenso. Não está ao alcance da torcida. Por isso que existe dirigente, não só no futebol, mas em todas as entidades. São instâncias que têm uma visão mais ampla das questões e, por voto, para decidir as questões.
Em enquete realizada na semana passada no LANCE!Net, 78% dos internautas votaram em Muricy Ramalho para dirigir o São Paulo após a queda de Ney Franco. Paulo Autuori, agora mais provável, ficou com 10% dos votos. O restante se dividiu entre Dorival Júnior e outros.
Preferido pela torcida são-paulina, Muricy Ramalho esbarra em salários e questões políticas. Além de querer receber no mesmo patamar que vinha ganhando - R$ 700 mil no Santos -, gera resistência na diretoria. O vice Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, foi um dos que provocou a demissão do técnico no Morumbi em 2009, e, hoje, é um dos possíveis candidatos à sucessão de Juvenal Juvêncio e contrário ao retorno do treinador. Com isso, Paulo Autuori ganhou força.
A diretoria são-paulina quer anunciar um novo treinador até a próxima sexta-feira.