Piton volta ao radar da Itália, mas concorrência é grande
O lateral-esquerdo Lucas Piton voltou ao radar da seleção da Itália. O jogador do Vasco tem dupla cidadania e, desde 2022, passaporte italiano. Em ótima fase no futebol brasileiro desde a última temporada, o lateral está valorizado no mercado e, inclusive, recebeu sondagens de clubes europeus. Mais quais as chances de Lucas Piton na lateral-esquerda da Azzura? A Trivela analisou e procurou entender a situação da posição na seleção da Itália.
A Itália tem um titular praticamente absoluto na lateral-esquerda. Entre os melhores da posição no mundo, Federico Dimarco, da Internazionale, é indiscutível entre os “selecionáveis”. Desde o meio de 2023, quando Luciano Spalletti assumiu a seleção, Dimarco foi titular em cinco das seis partidas disputadas pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2024. Na única derrota neste período, para a Inglaterra, em Wembley, o jogador de 26 anos começou no banco de reservas e entrou na etapa final.
Durante a última temporada, nomes como Destiny Udogie, do Tottenham, Biraghi, da Fiorentina, Spinazzola, da Roma, e o ítalo-brasileiro Emerson Palmieri, do West Ham, também foram convocados e tiveram oportunidades de atuar, principalmente sob o comando de Roberto Mancini, ainda no primeiro semestre. Com Spalleti, apenas Dimarco e Udogie aturam na posição.
Neste sentido, Lucas Piton teria que brigar com Udogie e outros jovens laterais-esquerdo italianos, como Andrea Cambiso, da Juventus, por uma vaga em uma futura convocação de Spalleti. Já com rodagem na Premier League e no futebol europeu, e como já indicado pelo treinador, Udogie larga na frente nesta disputa por uma vaga na entre os convocados na Itália. Além disso, os experientes Biraghi e Spinazzola também podem continuar nessa briga. O jogador da Fiorentina, inclusive, é um dos dois únicos laterais-esquerdo que superam Lucas Piton no número de cruzamento certos desde a sua estreia pelo Vasco.
Mas isso não significa, é claro, que Lucas Piton não possa estar, de fato, no radar da seleção italiana. No último domingo, o auxiliar técnico Emiliano Diaz revelou que o treinador Ramón Diaz foi contatado para saber a situação do lateral-esquerdo do Vasco. No começo de 2023, ainda com Roberto Mancini no cargo, Piton foi pré-convocado para a seleção da Itália, mas acabou ficando fora da convocação final.
– Lucas vem tendo um rendimento de altíssimo nível. No mercado, foi difícil de segurar. Já treinamos uma seleção e temos que ser respeitosos ao falar de uma convocação ou não de um jogador. Quando está ali tem que escolher e não é fácil. Sabemos que não só o Brasil está atrás dele, mas a Itália. Na Itália ligaram para Ramón, estão atrás do Lucas também. Sabemos que é uma das joias que o time tem. Em algum momento vai ter a oportunidade porque está fazendo as coisas bem – afirmou Emiliano Diaz.
Bertozzi vê Lucas Piton com poucas chances na Itália
Para entender melhor a situação da seleção da Itália e da possibilidade de Lucas Piton ser convocado, a Trivela conversou com Leonardo Bertozzi, comentarista dos canais ESPN/Star+ e especialista em futebol internacional. Para ele, seria uma surpresa uma o lateral-esquerdo do Vasco aparecer em uma lista de Spaletti em breve.
– Eu acho que é normal eles tentarem ter um leque maior de opções, ter um grupo de convocáveis mais amplo, um número grande de opções por posição, mas a chance de convocação a curto prazo eu vejo bem pequena, bem pequena mesmo. Você tem o Dimarco, que é indiscutível na posição, o Udogie, que vem muito bem no Tottenham. E dentro do futebol italiano você tem jovens crescendo. Cambiaso, da Juventus, é um deles, o Bellanova. Eu ficaria surpreso se ele aparecesse numa lista agora, ou mesmo numa possível convocação para Euro – afirmou Bertozzi à Trivela.
Retegui pode ser exemplo para Lucas Piton
A situação de Mateo Retegui, argentino de origem italiana, pode ser um exemplo para Lucas Piton. Assim como o lateral-esquerdo, o atacante foi convocado para a seleção italiana quando ainda atuava pelo Tigre, da Argentina, no começo de 2023, pelo então técnico Roberto Mancini. Ele, inclusive, marcou dois gols nos seus três primeiro jogos com a camisa da Azzura. O destaque foi tanto que Retegui acabou negociado pelo Tigre no meio da última temporada com o Genoa, da Itália – clube que pertence à 777 Partners, mesma dona da SAF do Vasco.
Para Bertozzi, Lucas Piton entra na mesma situação de Retegui, de jogadores de origem italiana que atuam longe da Itália, mas que são observados cada vez mais de perto pela federação local – ideia que foi intensificada durante a passagem de Roberto Mancini.
– A Itália quer saber o máximo possível de jogadores convocáveis. Foi assim que eles descobriram, por exemplo, o Retegui, ainda no futebol argentino, no Tigre, na hora que eles estavam com poucos centroavantes, com pouca opção, poucos italianos da posição jogavam na Série A. Ele (Retegui) acabou sendo uma boa opção ali no começo do ano, tanto que é um jogador que foi pra Itália, está no Genoa agora e pode ser um convocado para a Euro. Então, acho que eles, como tem menos italianos hoje do que em outros tempos jogando a Série A, querem ampliar esse leque, saber quem são os jogadores com cidadania, mesmo em outros campeonatos, para poder ampliar esse leque de observação e saber quem são as possibilidades – finalizou Bertozzi.
Depois de Retegui, a Gazzetta dello Sport chegou a noticiar que outros quatro jogadores argentinos também estavam no radar da seleção italiana. Entre eles, o meia Giuliano Galoppo, do São Paulo.
Piton já falou em desejo de defender a seleção brasileira
Apesar de estar no radar da seleção italiana, Lucas Piton mantém o sonho de defender o Brasil. Na última semana, havia a expectativa de uma possível convocação pelo técnico Dorival Júnior, mas o jogador do Vasco ficou fora da lista. Em recente entrevista, o jogador, que renovou o contrato com o Vasco até o fim de 2028, falou sobre esse desejo de defender a seleção brasileira.
– Todo jogador tem o sonho de vestir a camisa da Seleção. Treino muito para receber essa oportunidade um dia. Sinto que estou cada vez mais pronto. Estar na Seleção será fruto do trabalho no Vasco. Quanto melhor estiver aqui mais perto eu estarei de ser convocado. Vou trabalhar bastante – afirmou ao “ge”.
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