PC Gusmão frisa obediência tática de Rafael Coelho

Das arquibancadas de São Januário, os vascaínos já vibraram com atacantes de talento indiscutível como Roberto Dinamite, Romário e Edmundo. Atualmente, quem tem a responsabilidade de enfiar a bola para o fundo das redes é Rafael Coelho. O dono da camisa 9 até tem se destacado na Colina, mas não exatamente por ser um “matador”. O atleta é uma das figuras mais controversas do clube no momento. Para o técnico Paulo César Gusmão, ele é uma peça de grande importância para o time. Já para os torcedores, motivo de muito sofrimento.

Segundo o treinador vascaíno, Coelho é um jogador obediente, que se encaixa bem no esquema traçado para a equipe.

— Vale destacar aqui que ele tem desempenhado na parte tática exatamente o que temos pedido. A pontaria não está boa, mas estamos trabalhando para que isso melhore — afirmou PC.

E não é só PC que vem exaltando a importância do jogador. Éder Luís ressaltou a importância tática de seu companheiro de ataque.

— Ele ajuda fazendo a marcação do primeiro homem — disse.

Mas, para os torcedores, isso pouco importa. Como o time vem sofrendo com a carência de gols nos últimos jogos, os números de Coelho o transformaram no vilão da vez. Contratado após ser artilheiro da Série B pelo Figueirense com 17 gols, praticamente passou em branco. Em 17 partidas com a camisa cruzmaltina, ele marcou duas vezes, nenhuma delas no Brasileiro. O pênalti perdido contra o Avaí, no último dia 16, foi a gota d’água para a torcida pedir sua cabeça.

Apesar dos números, o atacante tem moral com PC. E o crédito é tanto que ele chegou a ser apontado como inegociável pelo treinador.

— Eu o conheço bem e tenho certeza de que uma hora ele vai mostrar o talento dele, que fez o Vasco investir para contratá-lo e outros clubes tentarem o mesmo.