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Para ex-árbitro, código de conduta deveria existir no futebol brasileiro

Ontem a noite assisti no Canal Campeão o grande e emocionante jogo entre o Cruzeiro e o Vasco. Sobre a arbitragem, primeiro tecerei um pequeno parágrafo técnico já que fui indagado por alguns amigos a respeito do gol mais rápido da competição. No momento da cobrança do lateral que originou o gol do Cruzeiro, aos 29 segundos de jogo,  o jogador Ceará pisa com os dois pés em cima da linha lateral ao realizar a cobrança. Veja o lance:

Não há polêmica, talvez desconhecimento. A cobrança é completamente legal. Só vamos postar o teor da regra 15 a respeito do procedimento na cobrança de um arremesso lateral no que tange a colocação dos pés no campo de jogo no momento da cobrança: “… ter uma parte de ambos os pés sobre a linha lateral ou no exterior da mesma “.

Mas o que realmente gerou conversa foi o quarto gol da equipe Mineira. A equipe do Vasco saiu reclamando da falta da “fair play” do atleta Cruzeirense no lance.

Na minha opinião, sim, faltou “fair play” na jogada. Independente do gol, que claramente aconteceu por uma soma de “longos” fatores desencadeados na conduta que discutimos, o persistente e “chato” problema é que deve ser combatido. Numa partida com 8 gols e intensa movimentação não poderia ser o principal motivo de pauta o vídeo em questão.

Falando sobre a arbitragem, nada pode ser feito dentro do campo de jogo. O fair play não faz parte da regra do jogo. É uma conduta de cavalheirismo que deve partir dos atletas. Pela lei o árbitro fez sua função: Paralisou a partida com bola em jogo então, seu reinício deve acontecer com um bola ao chão. Ao tocar no solo, a bola está em jogo e a partir daí é com os jogadores.

Mas, e fora do campo? Será que não está mais do que na hora de criarmos um “código de conduta” para o futebol Brasileiro? Tal iniciativa poderia partir da própria entidade máxima do futebol reunindo atletas, treinadores, dirigentes, árbitros, imprensa e torcedores para EVITARMOS situações desagradáveis ANTES que as mesmas ocorram.

Depois de firmado, aqueles que não seguirem suas determinações, pagarão por suas atitudes. Itens simples e complexos seriam debatidos e normatizados. Por exemplo, falando a respeito do fair play, alguns Países Europeus já adotam a determinação que a devolução da bola como gentileza  deve ser feita para as mãos do goleiro adversário. Até porque a regra hoje já prescreve que, caso ocorra uma eventualidade e a bola entre no gol diretamente este não será validado. É duro, mas a “gentileza” teve que ser regulamentada.

O código poderia abranger desde casos como os citados acima como situações de simulações como as deste vídeo que o programa REDAÇÃO SPORTV combate com um criativo bom humor. Você pensa que estes jogadores devem ser punidos pelos seus atos além do cartão amarelo?

Entre os fatos “desagradáveis” ocorridos rotineiramente no futebol, a iniciativa poderia regular atos preconceituosos e racistas, conduta respeitosa de árbitros para com os atletas, como os gandulas devem proceder de forma imparcial entre tantos temas que deixam o futebol “chato”!

 

Fonte: Blog do Gaciba - ge