Futebol

Para comissão técnica, situação ficará confortável empatando com o Ceará

Com quatro jogos sem vitórias e às vésperas de uma tumultuada e violenta eleição, o Vasco apostou todas as suas fichas no retorno ao Maracanã para garantir paz pelo menos dentro de campo. E conseguiu. A operação organizada pelo departamento de marketing para lotar o estádio surtiu efeito – mais de 49 mil vascaínos compareceram – e o time ainda conseguiu uma vitória que deixou o retorno à série A muito bem encaminhado.

Nas contas de diretoria e comissão técnica, um empate contra o Ceará na próxima rodada – sábado, na Arena Castelão – deixará o time em situação confortável, visto que o Cruzmaltino precisaria de uma vitória nos dois jogos seguintes que terá em casa, contra Vila Nova e Icasa para carimbar o acesso à primeira divisão.

"Precisávamos pontuar. Conseguimos abrir uma diferença importante para o quinto colocado. Estamos tranquilos na zona de classificação", analisou o técnico Joel Santana, valorizando ainda o retorno ao Maracanã.

"Eu não sou do marketing, não sei o que representou esse lucro [renda de mais de R$ 1 milhão] para nós, mas o Maracanã estava bonito. E quem não gosta de jogar assim? Público cantando, fazendo festa. Até mesmo vaiando na hora da agonia. Mas foi uma festa bonita que estávamos precisando há muito tempo. Se tivermos condições, seria ótimo pode voltar a jogar aqui", disse o treinador.

E o pedido do comandante será atendido pela diretoria. Satisfeita com a tranquilidade no estádio e o público, a diretoria já negocia para mandar a partida contra o Icasa – 37ª rodada – novamente no Maracanã.

"É claro que São Januário tem muito valor, mas o Maracanã é muito bom. A situação está bem encaminhada para voltarmos aqui no jogo do Icasa. Tentamos o Vila Nova também, mas não deu por uma questão de logística da concessionária", revelou o diretor executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano.

As palavras do dirigente remetem aos últimos jogos em São Januário, onde os jogadores sentiram toda a pressão que tomava conta do estádio por causa da eleição presidencial no próximo dia 11 (terça-feira). Em um certo jogo, a delegação ouviu estouros de bombas e viu conflitos entre integrantes de organizada que defendem candidatos quando chegavam ao local para o jogo.

Fonte: UOL