Futebol

Pagodeiro, Jadson Vieira ainda sonha em brilhar no Vasco

Por trás do homem branco e de cabelos longos como todo portenho, do zagueiro que mistura português e espanhol e usa o substantivo ilusão como sinônimo de sonho, existe um dos maiores pagodeiros de Santana do Livramento, cidade gaúcha na fronteira com o Uruguai. Enquanto Viera é nome respeitado na Bacia do Prata, Jadson é mais um desconhecido no próprio país que mostra desenvoltura no pandeiro a ponto de ser chamado pelos companheiros de Vasco de branco-preto.

– O pessoal passou a me chamar assim quando comecei a participar do pagode na concentração com Felipe, Dedé, Jumar... Gosto do ritmo desde criança. Em Livramento, eu fazia parte de um grupo, o Pagode do Laxa – afirmou, aos risos.

Depois de, nos tempos de Lanús, perder espaço sempre para a cúmbia, ritmo de maior sucesso na Argentina, Jadson resolveu trazer seu pagode de volta para casa. Seus dotes musicais surpreenderam os colegas de elenco e o ajudaram na adaptação. Menos na conquista da confiança de Paulo César Gusmão.

Contratado como solução para o setor defensivo, ele jogou apenas duas partidas e quase não foi relacionado. O sonho, ou melhor, a ilusão de conquistar no Brasil o mesmo destaque obtido no Uruguai e na Argentina ainda vive. Como diria um dos refrões de maior sucesso nas rodas de samba, o show tem de continuar.

– Para vir para o Vasco, fiz muita coisa. O sonho segue, minha carreira até hoje foi bem sucedida onde passei. A ilusão segue, o que quero agora é ficar, fazer uma pré-temporada, começar o ano zerado como os outros jogadores – disse, confiante.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance