Torcida

Organizada do Atlétco-PR revela rusga antiga e clima tenso em Joinville

 As cenas de barbárie do último domingo, na Arena Joinville, foram apenas o ápice de um conflito que começou a ser desenhado há nove anos. Antes da batalha que ocorreu na última rodada do Campeonato Brasileiro, as torcidas de Atlético-PR e Vasco cultivaram longo tempo de animosidade.

Segundo a torcida Os Fanáticos, organizada da equipe paranaense, a rusga entre os adeptos das duas equipes começou em 2004, em um confronto realizado em São Januário.

"O seu Eurico Miranda [presidente do Vasco na época] criou essa rivalidade quando barrou 20 ônibus da nossa torcida. Nós tivemos de entrar por uma porta simples, e alguns foram agredidos", acusou Fábio Luiz Almeida, integrante da organizada rubro-negra.

Independentemente da responsabilidade, o relato serve para mostrar que o clima entre torcedores de Atlético-PR e Vasco já era conturbado antes mesmo do jogo de domingo. Por causa do risco, a torcida Os Fanáticos não vendeu ingressos para mulheres e crianças.

Antes mesmo da partida, três torcedores do Atlético-PR foram presos por confusões nas imediações da Arena Joinville. No interior do estádio, a situação foi ainda pior. Os adeptos rubro-negros entraram em confronto com vascaínos, em duelo que culminou com quatro hospitalizados.

Em notas oficiais, a Os Fanáticos e a Força Jovem alegaram legítima defesa no embate. Além disso, ambas responsabilizaram a falta de segurança dentro do estádio pela proporção do confronto.

A Polícia Militar não tinha um efetivo dentro do estádio. Segundo a Mazari Segurança, empresa contratada pelo Atlético-PR para a partida, apenas 60 homens foram designados para o evento. O clube ainda teria levado 30 profissionais.

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) agendou para a próxima sexta-feira o primeiro julgamento sobre o caso. Atlético-PR e Vasco podem perder até 20 mandos de campo cada um e ainda correm risco de tomar até R$ 100 mil de multa.
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Fonte: UOL Esporte