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Opinião: "Vasco ainda é pouco produtivo na criaçao de jogadas"

Os três pontos obtidos a duras penas, ontem à tarde, em Presidente Prudente, deram ao Vasco a dose certa de confiança para crer no milagre da recuperação nesta primeira metade do Campeonato Brasileiro.

Nos sete jogos da era PC Gusmão, o time agora reforçado por Felipe, Zé Roberto e Éder Luís passou de cinco para 20 pontos, com um aproveitamento três vezes melhor do que seus sete primeiros jogos na competição.

E como o próximo adversário é nada menos do que o líder, melhor mesmo entender os números que os separam: de julho pra cá, os vascaínos ganharam 15 pontos dos 21 disputados, e os tricolores, 17.

O Vasco fez nove gols e levou três, e o Fluminense fez 12 e levou quatro, com os dois fazendo quatros jogos em casa e três fora _ a diferença neste quesito é que um jogo fora dos tricolores foi o clássico contra o Botafogo.

Ou seja: os vascaínos, que assistiram à Copa do Mundo aterrorizados pelo fantasma do rebaixamento que tornava bater à porta, chegam para o duelo contra o melhor do Brasileiro com a auto-estima renovada.

O Vasco, porém, ainda tem muito a melhorar, se quiser de fato esperar por um crescimento sustentável, fazendo sua torcida sonhar com uma posição entre os primeiros da competição.

O time tem um sistema defensivo sólido, com um falso zagueiro à frente da zaga e dois volantes à frente, mas ainda é pouco produtivo na criação de jogadas, uma vez que Felipe, seu mentor, segue fora de ritmo.

A movimentação de Éder Luís e Zé Roberto melhora o ritmo do jogo, principalmente, com a chegada dos laterais Fágner e Max, mas a falta de um homem de referência, um artilheiro, reduz o impacto ofensivo.

Hoje, porém, os vascaínos dormem mais tranqüilos: os pesadelos com a zona de rebaixamento desapareceram e as noites passaram a ser embaladas por sonhos com a Libertadores de 2011.

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