Futebol

Opinião: Uma noite épica

Foi na medida certa, não? Pois é. O Vasco não fez uma grande exibição, mas soube aproveitar os três únicos erros que o Lanús cometeu ao longo de toda a partida, para fazer 3 a 0 e conquistar a vaga nas quartas da Copa Sul-Americana. De qualquer forma, uma vitória merecida, pois o time superou as suas limitações com muito espírito de luta, sem jamais desistir de tentar o resultado, justificando o grito da torcida – \"São Januário, meu caldeirão\".

O Vasco saiu logo em busca dos gols, como era obrigação, mas insistiu em forçar pelo meio, facili-tando a tarefa do Lanús, que fechavase bem, impedindo que os cruzmaltinos criassem oportunidades. O time argentino, na realidade, só falhou uma única vez no primeiro tempo, com meia hora, em cobrança de escanteio, permitindo que Amaral escorasse a bola que Bossio soltou para Leandro Amaral marcar.

É importante destacar que embora jogasse recuado, o Lanús vez por outra também se preocupava em tentar o contra-ataque, por pouco não chegando ao empate numa bobeada da zaga do Vasco, deixando que Sand chutasse livre, para boa defesa de Silvio Luiz.

O time carioca teve enfim o domínio, mas não foi muito além disso.

Tanto que o técnico Celso Roth não conseguiu disfarçar o aborrecimento no intervalo.

Na etapa derradeira, o Lanús surpreendeu, adiantando a marcação, dificultando a saída do adversário, cujo meio-de-campo errava passes em excesso. Nas raras ocasiões em que a bola chegou próxima à área argentina, os zagueiros trataram de mandá-la para longe. E se os apoiadores cruzmaltinos não acertavam, foi numa tabela entre Leandro Amaral, que voltou para buscar jogo, e Wagner Diniz, dando uma de ponta, que surgiu outro gol, novamente com meia hora, na segunda falha dos argentinos.

Na seqüência, empurrado pela torcida, o Vasco passou a forçar mais, como deveria ser, mesmo deixando a retaguarda exposta.

Guilherme perdeu uma oportunidade incrível, aos 44 minutos. No finzinho, o Lanús cometeu seu terceiro erro, permitindo que a bola chegasse livre para Leandro Amaral, na pequena área, garantir a classificação.

Fonte: Coluna de Roberto Assaf