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Opinião: Sem revolução, o Vasco não sobreviverá

Sem revolução, Vasco não sobreviverá

Setembro está aí, faltam 14 rodadas para o fim do Brasileirão, mas, um clima de luto já tomou conta de muitos torcedores do Vasco, que vêem o ano acabando e o fantasma do rebaixamento se tornando cada vez mais assustador. Situação que é consequência de uma série de fatos, que começaram ainda no fim da gestão Eurico Miranda, com o desmanche do elenco que se classificou à Libertadores e a contratação de vários bondes.

Após eleições caóticas, uma reviravolta institucional, que foi verdadeiro golpe na vontade do torcedor para conduzir Alexandre Campello ao poder, derrotas, situação financeira desesperadora, mais derrotas, instabilidade política, e ainda mais derrotas, o cruz-maltino de bem sabe que não pode mais fazer absolutamente nada para ajudar, enquanto é acusado de omissão por dirigentes.

Quando desrespeitaram a vontade da maioria dos pouco mais de 4 mil sócios que votaram em São Januário, em novembro, os conselheiros mandaram um recado: são uma elite superpoderosa no clube. Se fossem 100 mil sócios-eleitores, também seria esse grupo que decidiria o pleito, ao seu bel prazer. No fim, alegariam que as instituições seguiam funcionando, que as regras foram respeitadas. BALELA!

A saída? Honestamente, não sei dar uma solução mágica. Acredito, contudo, que o caminho convencional, de tentar se engajar e eleger um novo presidente, já se esgotou, com mensalões, urnas 7, alianças despudoradas. No fim, a vontade dos conselheiros, que se gabam em dizer que muito fazem pelo Vasco, prevalecerá, com escolha que atenda seus interesses ou de seus líderes. Enquanto isso, verdadeiras seitas vão se formando, organizadas têm espaço e torcedores apanham na arquibancada, ao expressar descontentamento.

O Vasco não precisa se transformar nessas instituições assépticas, com arena excludente e torcida gourmet, mas tem que se modernizar, enquanto mantém tradições que remontam sua grandeza - e não tradições que garantem manutenção de poder. Também não proponho violência, mas tenho certeza que é preciso alguma ação, com protestos intensos, manifestações de insatisfação. Algo que vá além do "time sem vergonha", pois, o problema não é de caráter dos jogadores, é técnico mesmo.

Os poderosos é que precisam ser incomodados, dia e noite. Não faltam personagens que contribuíram - ou se omitiram - para um dos três rebaixamentos. São queles que têm papel nesse panorama em que o clube está, há anos-luz de distância dos principais rivais do país. Aqueles que fazem o Vasco ficar menor a cada dia. Que não tenham sossego, até o Gigante da Colina voltar a ser gigante. Pois, se nada mudar, só r

Fonte: Facebook do jornalista Bruno Guedes