Futebol

Opinião: Sem desculpas

O Vasco fez um primeiro tempo perto do exemplar.

Tanto que fez 1 a 0 com Leandro Amaral logo aos 10, em seguida, aos 22, teve o segundo gol salvo, que seria de Conca, por um mexicano na linha fatal e mais adiante, aos 36, mandou uma bola na trave do América, com Luisão.

Isso para não falar das duas ótimas defesas que obrigou o goleiro Ochoa fazer, tanto aos 35, em cabeçada de Alan Kardec, como, um pouco antes, aos 28, já tinha espalmado um bom chute de Conca.

Tudo porque os cruzmaltinos foram para cima desde o começo, sem trégua.

Correu riscos, é claro, porque o time asteca de bobo não tem nada e soube levar perigo ao gol de Cássio, uma boa escolha do técnico Romário.

Mas causou muito mais preocupação no adversário do que teve de se preocupar com ele.

E quando acabou a primeira metade da partida, o 1 a 0 era injusto, profundamente injusto.

Dois a zero seria pouco, essa é que é a verdade, três, no mínimo, seria o razoável.

O segundo tempo começou exatamente no mesmo ritmo.

Logo aos 5 minutos, em nova cabeçada de Alan Kardec, a bola é salva na linha fatal.

Parecia coisa do outro mundo.

Conca, que havia batido o escanteio desviado por Rubens Júnior para o gol de Leandro Amaral, jogava demais.

E Romário mandou Romário se aquecer.

Ele obedeceu.

E pôs Marcelinho no lugar de Leandro Bonfim, aos 11.

Aos 20, Romário mandou Romário entrar.

E ele entrou.

Saiu Alan Kardec, sem reclamar com o técnico.

Aos 24, Marcelinho cruzou para ele e o Baixinho, quem diria, subiu desajeitado para cabecear e só resvalou na pelota.

Aos 28, Leandro Amaral teria a bola do 2 a 0 nos pés, mas passou por ela.

Aos 34, Romário tocou na bola pela segunda vez, ao abrir um passe pela setor direito.

E, aos 35, desferiu uma bomba, de dentro da área, desviada pela cabeça de um defensor mexicano.

Na altura da Cidade do México, o América foi melhor.

Ao nível do mar, o Vasco fez por merecer muito mais.

Mas não deu.

O técnico Romário ganhou o jogo em sua primeira, e provavelmente, segundo ele mesmo após o jogo, última partida como técnico.

A nota dele?

Oito!

Segundo ele mesmo, em entrevista ainda no gramado.

Fonte: Blog de Juca Kfouri