Opinião: Professor Baixola
Está encerrada a participação do futebol brasileiro em mais uma Copa Sul-Americana. Outra temporada e, de novo, chupamos o dedo e bancamos falsos-ricos. Quem vê pensa que os clubes brasileiros podem jogar U$ 1 milhão pela janela prêmio concedido ao campeão e mais US$ 800 mil, quantia que o campeão da Recopa, no ano seguinte, costuma embolsar. Mas, enfim, de novo o país fica pelo caminho. E, de novo, deve ver, de longe, uma provável festa de argentinos ou mexicanos.
Pior que nenhuma das eliminações surpreendeu. O São Paulo nunca pareceu empolgado com a Sul-Americana. Até pegou no tranco após eliminar o Boca Juniors, mas o azar no jogo em casa, contra o Milionários, quando perdeu de 1 a 0 uma partida que poderia ter vencido por 4 a 0. Hoje, em Bogotá, sem quatro jogadores, atuou muito mal. E mereceu perder por 2 a 0 para o paupérrimo time do Milionários dois gols de Ricardo Ciciliano. E agora resta ao São Paulo ser pentacampeão brasileiro. Digamos que é um consolo e tanto.
Em São Januário, com o Professor Romário no banco, a melhor atuação do Vasco nos últimos dois, três meses. O Vasco massacrou o América do México. Mas esbarrou no goleiro Ochoa, que deve ter pegado até gripe no gramado. Fez milagres sucessivos e só levou um gol de Leandro Amaral, aos 10m no primeiro tempo. Dava para meter mais e tirar a diferença. Mas a barreira estava forte. O Vasco merecia melhor sorte. Merecia mais do que um simples 1 a 0.
Claro que os jogadores se mataram em campo. Jogaram para o amigo-treinador. Motivados. Ficou claro que havia algo entre Celso Roth e o grupo. Quanto ao treinador Romário, méritos de ter motivado o grupo. E foi muito engraçado ver Romário, o treinador, aquecendo para entrar. Mais bizarro ainda foi vê-lo entrar em campo e não ficar ninguém em seu lugar no banco. Foi divertido. Romário é um personagem mesmo. E, sinceramente, claro que ele não será treinador na vida. Mas eu o manteria como interino até o fim do ano. Duvido que o time não se recupere sob sua direção. E, melhor um Baixinho improvisado do que um medíocre qualquer efetivado.
Pelo menos até o nome certo ser escolhido. E isso só deve acontecer após o Brasileirão. E curtamos mais um pouco o Baixinho, agora treinador e jogador. No mínimo, é divertido.
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