Opinião: Robinho, filho do ex-vascaíno Abedi, dá lição de vida
O impossível não existe! Esta é a frase que parece nortear a vida do valente Robson, de 12 anos de idade, portador de paralisia nas pernas e vítima de uma leucemia. O menino é filho do jogador Abedi, meio-campista que atuou no Clube de Regata Vasco da Gama entre 2005 e 2007, quando saiu para jogar em um time de Israel, em busca de um tratamento eficiente para o filho.
Após a temporada fora, de volta ao Brasil, Abedi buscou por um tempo um esporte no qual o filho pudesse se desenvolver e aprender novos valores. Foi quando o jogador e a sua esposa encontraram o professor de Jiu Jitsu Leonardo Bileo, responsável pala equipe Bileo Team. Protagonistas e responsáveis pela história que contarei a seguir.
Num despretensioso sábado de sol, eu estava em Búzios, em um clube, na localidade do Rasa, assistindo ao campeonato Braziian Cup Jiu Jitsu de Búzios 2013. Foi quando notei algo fora do normal: um menino em uma cadeira de rodas, vestido com um impecável kimono azul e um mega sorriso estampado no rosto. Confesso que aquela cena me deixou intrigada e comecei a especular o que aquele menino diferente estava fazendo ali.
Para a minha surpresa, a resposta veio rápida, rasteira, com uma demonstração de força, raça e vontade de viver que eu nunca tinha visto na minha vida. Um verdadeiro soco no estômago! O apresentador anunciou uma luta especial e aquele menino que estava me intrigando se apresentou ao centro do tatame para a sua luta. Confesso que, depois disso, eu só conseguia chorar. Um choro de felicidade, emoção e orgulho. Orgulho de que eu nunca tinha visto antes. Com golpes certeiros, muita agilidade e uma habilidade fora do comum, o garoto emocionou todo o público presente e terminou sendo ovacionado.
Resolvi contar este fato, por acreditar que além do bom exemplo que esta história passa, ela nos faz acreditar que tudo é possível e que o céu é o limite quando há determinação e vontade de fazer algo.
Ao jogador Abedi, sua esposa, o professor Bileo e o pequeno Robinho, eu só tenho que agradecer. Agradecer por me permitirem presenciar e participar, mesmo que só com olhares, deste lindo momento. Vamos fazer esta história conhecida.
Por Veronica Campos Nunes