Opinião: "Que o favoritismo continue com os rivais."
Por Julio Cesar Barbosa, do Blog os 4 grandes
O Vasco não precisou de Carlos Alberto, Dodô ou Fagner para vencer o Macaé com facilidade por 4 a 0. Alternando momentos de domínio total com poucos momentos de desatenção, o Gigante poderia ter feito mais uns 3 ou 4 gols que não seria surpresa pra ninguém. Se o time estivesse completo em campo, poderíamos ter feito um placar histórico no Estadual.
Fernando Prass - teve mais trabalho ontem que no jogo contra o Botafogo. Apareceu bem quando precisou sair do gol, uma vez no primeiro tempo, saindo com precisão quando um atacante macaense recebeu livre na área e outra no segundo, quando isolou uma bola ainda na intermediária após um lançamento do time adversário.
Thiago Martinelli - improvisado na lateral, no primeiro tempo raramente foi visto depois da linha do meio de campo. Por conta disso, o Macaé jogou muito pouco pela esquerda (só me lembro de uma subida, quando a marcação deu mole e nosso velho conhecido Diego recebeu com liberdade para finalizar). No segundo tempo, vendo que o Macaé não ia mesmo se criar no jogo, subiu mais vezes e chegou a fazer uma boa tabela com Coutinho, que quase rendeu um gol. Foi bem fazendo lançamentos também.
Titi - quase não teve trabalho com o ataque adversário. No primeiro tempo chegou a arriscar uma subida ao ataque, finalizando com um chute bizarro.
Fernando - assim como seu companheiro de zaga, não foi muito requisitado no jogo. Saiu para a entrada do Gustavo, que não teve razão para aparecer muito, mas no pouco tempo que ficou em campo, melhorou o passe na saída de bola do time.
Márcio Careca - Com Martinelli mais preso à marcação, teve liberdade para atacar durante toda a partida. Se preocupou mais em criar pelo meio, tabelando com jogadores da meiuca já na intermediária (e nisso, errou mais passes do que deveria). Continua chegando pouco à linha de fundo e cruzando muito raramente. Quando tentou, quase marcou um gol depois de errar um cruzamento. Defensivamente, acabou deixando muitos espaços com suas subidas e tornou a direita o melhor caminho para o ataque macaense.
Nilton - Melhorou sensivelmente com relação às suas atuações nas primeiras rodadas. Não vacilou na marcação e subiu sempre que teve espaço para ir ao ataque. O segundo gol saiu depois de um passe seu - interceptado no meio do caminho - e ainda marcou o terceiro e quase marcou o que seria o quinto.
Léo Gago - teve tanto espaço na frente que deixou alguns espaços quando deveria cobrir as subidas do Márcio Careca. De qualquer forma, isso não chega a diminuir a qualidade da sua apresentação, excelente no combate e muito boa no apoio ao ataque. Vem mostrando porque se destacou no Brasileiro ano passando, aliando raça (na marcação e no gol que marcou, quando acreditou em uma bola que parecia perdida) e habilidade, distribuindo bem as bolas no meio de campo. Rafael Carioca entrou em seu lugar e mostrou que a disputa por uma vaga no meio-campo será boa. Teve pouco tempo para mostrar tudo o que pode, mas mostrou que na marcação não fica devendo a nenhum dos nossos volantes e mostrou tranquilidade nas saídas de bola.
Souza - sem o Fagner para criar jogadas pela direita, acabou se destacando menos que o normal no apoio ao ataque. Em compensação, foi incasável na marcação e foi um dos jogadores que mais roubou bolas durante a partida. Quando teve chance de subir, mostrou a categoria de sempre.
Magno - seus dribles enchem os olhos da torcida, mas analisando friamente, Magno precisa aplicar uma boa dose de objetividade à sua habilidade com a bola. Apesar de conseguir driblar com facilidade, não foi efetivo como deveria ser como único meia armador do time. Não chegou a comprometer, mas para os que pensavam que ele substitui o capitão à altura, deu mostras de que ainda falta bastante para que o time não sinta falta do Carlos Alberto. No segundo tempo marcou seu primeiro gol pelo Vasco, com um chute de fora da área. Logo após marcar o seu, saiu para a entrada de Geovane Maranhão, que não acrescentou muito ao ataque, mas tem velocidade e sabe se posicionar na área. Perdeu um gol relativamente fácil depois de pegar uma sobra na grande área e chutar em cima da zaga.
Coutinho - o nome do jogo. Acabou com a defesa adversária quando quis, esculachou os zagueiros o quanto pode, teve personalidade para finalizar várias jogadas - e mesmo sem fazer gols ontem, mostrou que evoluiu bastante nesse fundamento - e, apesar de estar no ataque, foi mais efetivo armando pelo meio que o próprio Magno. Vez ou outra foi visível que preferiu o arremate mesmo tendo companheiros melhor posicionados, mas dá pra entender a ânsia do garoto em fazer gols nesse momento. Jogando ao lado do Dodô e do Carlos Alberto, figuras com mais autoridade na frente, não deve ter essas crises de \"fominhagem\".
Rafael Coelho - teve poucas chances quando esteve mais centralizado, mas após seu gol - onde mostrou sua capacidade na finalização - teve mais oportunidades. Sabendo que a concorrência pela sua vaga não será das mais fáceis, quis mostrar serviço e não se omitiu em momento algum da partida, sempre aproveitando sua velocidade e habilidade. Foi expulso infantilmente depois de discutir com um zagueiro do Macaé e pareceu ser mais esquentadinho do que um jogador que veste a armadura cruzmaltina pode ser.
***
E pela segunda rodada, o time que teria que correr atrás dos outros\" segue com a melhor campanha do Estadual.
Assim é que é bom...que o favoritismo continue com os rivais.
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