OPINIÃO: O negócio é tumultuar
O Vasco tem o direito de jogar em São Januário o clássico deste domingo contra o Fluminense. Até aí não existe qualquer ponto de contestação. A razão deste imbróglio, no entanto, poderia ser evitada lá atrás, em janeiro, quando da aprovação da fórmula de disputa, do regulamento e da tabela do Campeonato Brasileiro-2006.
Foi naquele dia, quando Eurico Miranda, intempestivamente, abandonou a reunião dos clubes com a CBF, antes da aprovação da tabela, que o Vasco começou a dar margem para toda essa confusão.
Sem o Vasco e com todos os demais clubes presentes, tudo foi aprovado. Se estivesse no local como uma pessoa civilizada para debater e discutir o que estava sendo proposto, certamente Eurico Miranda notaria que os três clássicos cariocas nos quais o seu clube detinha o mando de campo tinham sido marcados para o Maracanã.
Nestes casos, os clubes de outros estados deixariam a decisão sobre um assunto regional para os clubes envolvidos. Poderia se chegar a um acordo ali mesmo. Evitaria que o Vasco precisasse recorrer ao STJD para ter um direito legitimado, embora o presidente do órgão, em minha opinião, tenha errado ao não levar em consideração que o dirigente do clube se omitira num momento crucial para decidir os destinos da competição.
Deu margem para que terceiras partes, que nada têm a ver com o assunto, como políticos e o Ministério Público, acabassem se envolvendo em cima da hora, violando e desrespeitando o Estatuto do Torcedor, ao mudar o local de uma partida a 48 horas de sua realização. Para mudar o local do jogo, seria digno adiar o mesmo pelo prazo mínimo de 10 dias previsto pelo estatuto para qualquer alteração desta natureza.
Toda esta confusão serve, uma vez mais, para achincalhar o futebol brasileiro. O campeonato, que começara de maneira tão legal e motivante para os clubes e torcedores do Rio, acaba atrapalhado por gente com o compromisso apenas de se manter sob os holofotes graças ao caos. Isso só acontece porque o torcedor não protesta nem exige seus direitos. Assim, é tratado como marionete nas mãos de cartolas e políticos. Para mim, mudar o local de um jogo a 48 horas de sua realização é caçoar de quem paga pelo espetáculo. Em protesto, como advertência, se o torcedor não fosse ao Maracanã assistir a este confronto, os protagonistas desta triste comédia de erros certamente pensariam melhor antes de voltar a desrespeitar quem merece toda a atenção.
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