Opinião: Fernando Calazans comenta o desempenho do Vasco sem Romário
Vasco sem Romário
O Vasco ainda não perdeu desde que Romário saiu do time. Foram três vitórias e um empate. É o que um gentil leitor vascaíno me lembra, com ênfase. Pode ser uma simples coincidência. Pode não ser. O torcedor faz a ressalva de que é um fã de Romário. Eu também sou. Ou fui. A conjugação do verbo ser - no passado ou no presente - é que é o xis do problema. Ser ou ter sido fã de Romário.
Há alguns anos, Romário faria falta a qualquer time. Melhor ainda: faria falta a qualquer seleção brasileira, como fez àquela de Parreira, antes de ser chamado às pressas para garantir a classificação do Brasil no último jogo das eliminatórias, contra o Uruguai, para a Copa do Mundo de 94.
O tempo não pára, como já disse muita gente, inclusive o Cazuza. Não pára nem para os fora-de-série, um fora-de-série autêntico como Romário, que hoje em dia não faz falta a time algum, ainda que certos dirigentes e certos patrocinadores continuem a cortejá-lo como serviçais.
Hoje, a presença de Romário num time é uma lacuna, de forma que não duvido nada que o Vasco tenha preenchido melhor aquele lugar no ataque depois que ele partiu. A vitória do meio de semana sobre o Criciúma, na Copa do Brasil, pode ser um bom indício. Vitória heróica, com menos um jogador desde o primeiro tempo, e na casa do rival.
Mas por que um jogador a menos? Porque Edílson, quase com tantos anos quanto Romário, o que não é pouco, desferiu uma cotovelada, sem bola, num adversário do Criciúma, sendo imediata e merecidamente expulso de campo.
Mas vejam só: o mesmo Edílson, o balzaquiano Edílson, que dissera, após a partida de Romário, que seria o novo líder do time, o exemplo para os companheiros mais novos, o substituto ideal, enfim, do velho craque.
Que líder, hein? Que modelo! Que exemplo para os jovens jogadores, esse veterano de tantas trapalhadas, tantos quilômetros rodados e tanto tempo de serviço, que até hoje não teve tempo de aprender a se comportar em campo.
Romário, o verdadeiro e legítimo, o antigo, nunca prestou esse desserviço a seus times e ao futebol.
Será que o Vasco vai precisar de alguém para ocupar o lugar de quem pretendia ocupar o lugar de Romário? Essa é uma pergunta.
Outra pergunta é como se comportará esse novo time do Vasco ? sem Romário ? numa prova muito mais difícil, contra o Internacional, amanhã, em sua estréia no Campeonato Brasileiro. Que delicioso aperitivo da competição!
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