Opinião: Faltou competência ao Vasco para fazer o resultado em casa
O Vasco voltando a jogar na Colina, com chance de recuperar a terceira colocação e, com a derrota do Fluzim, se aproximar da segunda colocação. Tudo isso contra a Cabofriense, um dos considerados – ainda que seja o melhor deles na competição – dos pequenos. A torcida tinha tudo para ter um fim de domingo alegre.
Começa a partida, o Vasco segue o que Adilson havia dito ao longo da semana (“jogar dentro do adversário), pressiona, coloca uma bola na trave já no começo da partida e abre o placar aos 15, com mais um bom cruzamento de André Rocha e cabeçada certeira de Edmilson. Tudo se desenhava para que o Vasco fizesse seu dever de casa sem maiores complicações.
A impressão durou três minutos. Bastou um contra-ataque do adversário para que eles chegassem ao empate, após falha do Jomar em cortar uma bola. A igualdade no placar não chegou a melhorar as coisas para o time da Região dos Lagos, que seguiu acuada. Mais bola na trave, mais pressão e o resultado? Outro contragolpe, mais uma falha da defesa (dessa vez, não apenas do Jomar, mas também de cobertura na lateral) e outro gol, marcando a virada da Cabofriense.
No intervalo, Adilson tirou Aranda e colocou Barbio no time. No outro lado, as alterações e a postura foram a de assumir a retranca e tentar segurar o resultado. E o Vasco pressionava, mas a Cabofriense se segurava. Passamos praticamente meia hora dentro do campo adversário, mas ou o último passe não saía, ou as finalizações paravam nas mãos do goleiro Cetin (o melhor em campo), ou nas centenas de jogadores embolados na área ou na trave.
Adilson, tentando jogar o time de vez ao ataque, também não ajudou: ao tirar Montoya e Douglas, o time ficou completamente sem articulação. Thalles e Bernardo, seus substitutos, não foram o bastante para furar a retranca ou conseguir ao menos o empate.
Pode-se dizer que o Vasco não jogou mal, que a derrota aconteceu por conta de erros individuais ou até mesmo que a sorte não estava do nosso lado ontem. Mas mesmo que Jomar, Adilson, o goleiro adversário ou a trave tenham nos atrapalhado, tudo isso só serve como desculpa para o fato de que pela segunda vez deixamos de subir posições na tabela por não termos tido competência para fazer o resultado que precisávamos. Ainda não foi dessa vez que saímos do grupo dos quatro clubes que vão para as semifinais, mas os três primeiros já abriram distância e o pelotão debaixo se aproxima. E não será apenas justificando derrotas que conseguiremos continuar na competição.
Fonte: ge- SuperVasco