Opinião: Escalação sem armador é um risco para o Vasco no Canindé
Dorival Jr. ainda não definiu a escalação do Vasco para enfrentar a Portuguesa, logo mais, no Canindé. Mas pelo que se tem lido por aí na imprensa, é grande a possibilidade dele colocar em campo uma equipe bem próxima da que iniciou a partida contra o Náutico.
O problema é que a Lusa, com todo respeito ao Timbu, não é o Náutico. E se já tivemos um primeiro tempo dos mais problemáticos na Arena Pernambuco, corremos sérios riscos de penar ainda mais hoje a noite.
A questão é que, por mais que o jogo de hoje seja daqueles considerados por grande parte da torcida como obrigatório vencer, por conta da posição do nosso adversário na tabela, a Portuguesa um time perigoso para se enfrentar no momento: é o que está mais próximo de sair do Z4, por saber muito bem que seu principal objetivo é evitar a queda não tem a soberba natural dos grandes clubes em má fase (que nunca acreditam no rebaixamento até que ele lhe bata à porta) e certamente vira mordido depois da garfada que sofreu em Porto Alegre na última rodada. Além disso tudo, a Lusa ainda tem o fator casa a seu favor, onde tem um desempenho melhor, por exemplo, que o próprio Vasco.
Resumindo, a situação do Náutico e do nosso anfitrião de hoje são diferentes. E uma coisa é encarar um time que faz a pior campanha da história dos pontos corridos, que não tem conseguido sequer empatar em casa, sem alguém para articular jogadas e outra é pegar a Lusa com uma formação parecida. Pode ser que poupar o Juninho seja algo necessário, mas se mais uma vez jogarmos fora todo o primeiro tempo com um time que não terá quem arme jogadas para os atacantes, corremos hoje um risco maior de sofrer um gol e complicar as coisas na etapa final, entre ou não o Reizinho em campo.
Com a barração de Pedro Ken e a possível permanência do Juninho no banco, as duas vagas no time serão disputadas por Fillipe Soutto, Wendel e Edmilson. Se entrarem os dois primeiros, teremos muita dificuldade para armar jogadas, já que Marlone joga numa faixa de campo mais próxima à área e, pelo primeiro tempo do meia contra o citado Náutico, não consegue atuar tão bem criando. Se entrar o Edmilson, a coisa ficar ainda pior, já que teremos dois atacantes abertos que terão que jogar com Nei, um lateral que não apóia, e Yotun, um lateral que não sabe marcar.
Diante disso tudo, fica a pergunta ao Dorival: se o técnico finalmente resolveu barrar o Ken, porque Montoya ou mesmo Dakson não podem ser ao menos uma alternativa? Podemos não gostar da opção com três volantes, mas até entendemos (treinador cauteloso, jogo fora, etc); agora, não há como entrar na cabeça de qualquer vascaíno o Dorival preferir uma formação com três atacantes, principalmente porque um deles será o Edmilson, e nem cogitar um 4-4-2 básico, com dois meias e dois volantes. Se for a cobertura que o Edmilson fará pela lateral, será que nem o “filho de Dak“, nem o colombiano conseguiriam cumprir essa função?
Apesar das dúvidas que pairam no ar sobre a lógica dorivalniana,a torcida vascaína precisa ter fé e seguir na torcida por uma vitória hoje, que pode ser o início de uma campanha mais condizente com a história do nosso clube.
Fonte: ge- SuperVasco