Futebol

OPINIÃO: De Volta ao Templo de Glórias com Estilo

Depois de 203 dias de Maracanã fechado, o velho estádio teve um domingo de gala logo na reabertura. Oito gols, grandes jogadas e um final imprevisível deram o tom na vitória por 5 a 3 do Botafogo sobre o Vasco. Um partidaço em todos os sentidos.

Há muitos anos eu não assistia a atuações tão primorosas de dois jogadores de meio-campo do Botafogo durante um clássico como as de Lúcio Flávio e Zé Roberto esta tarde.
Foi por esta razão, por atuações deste quilate, que o alvinegro levou a melhor num jogo eletrizante. Contra o Vasco, Lúcio Flávio e Zé Roberto fizeram a diferença. O primeiro fez um gol e deu passes para outros três. O outro jogou o fino. Imagina se chutasse melhor. Com eles, o Botafogo é o único com 100% de aproveitamento e três vitórias no Estadual.

Se Lúcio Flávio e Zé Roberto brilharam, do outro lado esteve Romário, em dia de gênio da grande área. Fez os três gols do Vasco. Sozinho, quase impediu a merecida vitória do adversário. Este Romário não precisa de gols fajutos em amistosos de meia tijela. O Romário deste domingo e de centenas de outros é craque com o real significado que a palavra tem.

O que mais me assusta no Vasco - e em alguns vascaínos - é a capacidade de acreditar que este time que aí está pode chegar a algum lugar rigorosamente com a mesma defesa que foi a segunda pior do último Campeonato Brasileiro. O goleiro Roberto errou bisonhamente num gols do Botafogo, mas, sinceramente, fez outras duas grandes defesas. Tem gente muito mais culpada que ele.

No dia em que Romário jogou uma barbaridade, o Vasco perdeu de cinco. Imagina no dia em que faltar inspiração ao astro...

Assusta-me mais ainda o coro de alguns que voltam suas baterias contra Alex Dias. Ele contribuiu para dois dos três gols de Romário. E só não marcou um golaço por causa da intervenção divina de Max. Mas tem gente que dá mais valor ao Fábio Baiano...

No domingo de gala do Maracanã, o sutiã de Carlos Roberto mostrou estar mais firme do que a língua de Renato Gaúcho.

Fonte: Blog de Jorge Luiz Rodrigues - Globo Online