Opinião: "Cruzeiro é superior ao Vasco, mas vence com gol em lance irregular

O Cruzeiro foi muito superior ao Vasco, com mais de 20 finalizações, e até mereceu a vitória de 1 a 0, ontem à noite no Mineirão, mas é obrigação destacar que o gol, marcado na cobrança de um tiro livre indireto, foi fruto de um equívoco de Wilson Souza de Mendonça. Não houve recuo de bola, como sugeriu a arbitragem no campo, pois Tiago limitou-se a defender um lançamento de Wagner, e nem retenção, como apressou-se em explicar o quarto juiz, Átila Carneiro de Mendonça, pois o goleiro pôs a bola em jogo em menos de seis segundos.

Houve equilíbrio nos primeiros 15 minutos. A partir daí o Cruzeiro foi absoluto, marcando a saída de bola do Vasco, chegando com freqüência à área adversária, criando pelo menos quatro boas chances, a melhor delas numa cabeçada de Guilherme, que acabou nas mãos de Tiago.

Com um pouco de capricho, o time de Minas poderia ter até decidido. Mas não o fez. Por conta disso, Adílson Batista trocou Jajá por Fabinho, certo de que a equipe ganharia maior poder de conclusão. O Vasco porém adiantou a marcação e voltou com mais disposição, deixando o jogo novamente equilibrado.

Aos poucos, no entanto, o Cruzeiro retomou o pique e chegou a ter grande oportunidade aos 18 minutos, no pênalti – de Jonílson em Ramires – que Guilherme desperdiçou em duas ocasiões, pois Tiago defendeu a cobrança e o rebote.

Animado, Antônio Lopes resolveu ousar, substituindo Morais por Jean, levando o Vasco a jogar com três atacantes. Apesar disso, o time de Minas seguiu melhor, e acabou abrindo o placar graças a um tiro livre indireto – mal assinalado #150;em que Fabrício rolou para Charles marcar.

Apesar da desvantagem, o Vasco não esboçou reação, chegando ao fim da partida sem criar praticamente nenhuma chance real, daquelas que o torcedor passa a semana lamentando.

Se o Cruzeiro tivesse fechado com vitória de dois ou três gols de vantagem não teria sido um exagero, tal a falta de criatividade do adversário.

Antes de lance polêmico, Cruzeiro perde chance de abrir placar em pênalti batido por Guilherme

Pânico!

Arbitragem: O erro de Wilson de Souza foi de assustar a todos.

Vasco prejudicado

A regra não deixa dúvidas Será concedido um tiro livre indireto à equipe adversária quando o goleiro:

Primeiro caso Tarda mais de seis segundos em repor a bola em jogo depois de havê-la controlada com as mãos.

Segundo caso Volta a tocar a bola com as mãos depois de havê-la posto em jogo e sem que qualquer outro jogador a tenha tocado.

Terceiro caso Tocar a bola com as mãos depois que um jogador de sua equipe a tenha cedido com o pé.

Quarto caso Toca a bola com as mãos depois de um arremesso lateral de um companheiro.

Quinto caso Perder tempo.