Opinião: A titularidade de Romário está em xeque
As sucessivas boas atuações do novato André Dias colocam em xeque a titularidade de Romário. Um dos maiores gênios da história do futebol, o Baixinho terá de se superar outra vez.
Romário quer viver seu canto de cisne no clube que o revelou e se tornou um de seus principais credores. O jogador não precisa mais do futebol para viver. Nem o clube necessita de sua presença, para brilhar no Carioca. Se o Vasco tem como trunfo a coletividade, há anos Romário se arrasta para atingir uma marca pessoal. Apesar de Pelé ter alcançado os mil gols aos 28 anos, Romário não se envergonha de, às vésperas de 41, vagar por Catar, Estados Unidos e Austrália, a fim de chegar à meta.
Mais do que vascaíno, rubro-negro, tricolor ou torcedor do América, Romário foi e continua sendo Romário Futebol Clube. O Baixinho está mais preocupado com o seu campeonato particular do que com o Estadual.
Os vascaínos, não. A começar pelo treinador. Renato Gaúcho não vê a hora de pôr uma faixa no peito. Ano passado, cansou-se das manias de Romário e o barrou. Agora, precisará de jogo de cintura, caso o amigo não corresponda.
A esperança de Romário é que o futebol mudou. A Europa leva o sumo e deixa o caroço: os melhores vão para longe, deixando aqui gente em ascensão ou decadente. Pensando desta forma, o gol mil pode até ser viável. Mas se o Vasco lucrará com ele, há também mil dúvidas.
Marcos Eduardo Neves
- SuperVasco