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Opinião: A patética participação de Eurico no gol mil

Não sei se foi engraçada, não sei se foi patética, a entrada em campo do presidente interino do Vasco, Eurico Miranda, segurando as calças com uma das mãos e o charuto com a outra. E, como sempre, distribuindo ordens que os serviçais cumprem à risca.

Parecia um diretor de cinema, um \"metteur-en-scène\" burlesco, imiscuindo-se na obra alheia, a obra de Romário. Com aquele charutão, lembrava um Orson Welles desprovido de talento e originalidade.

Ainda bem que Romário, o dono da obra, voltou à cena para dizer alguma coisa bonita.

Ele não agradecia só à torcida do Vasco, porque a torcida do Vasco não era a única que comemorava. Romário agradecia também às outras torcidas, porque em todas as torcidas deste país Romário tem sua legião de admiradores.

Já que existe uma festa, que ela seja de toda a torcida brasileira, a quem Romário, num dia de 1994, dedicou um título de tetracampeão mundial.

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