Obsessão do Vasco, Copa do Brasil é o grande sonho dos jogadores
Para mostrar o tamanho de sua história, o Vasco instalou sua sala de troféus logo na entrada de São Januário. Lá dentro, o visitante pode ver de perto taças do Brasileiro, da Libertadores, da Mercosul, do Carioca, entre muitas outras. Mas há uma que falta: a da Copa do Brasil. Por isso, não é de se estranhar que no discurso dos jogadores essa competição ganhe ainda mais importância.
- Imagina se a gente conquista esse título? É uma taça que o clube ainda não tem. Com certeza, o meu nome e o de todos os jogadores vão ficar marcados na história. O meu nome vai ficar até em um quadro - se empolga Dedé.
- Seria muito especial conquistar a Copa do Brasil. Nunca vencemos antes. Temos que ter uma atenção redobrada. Não priorizar, mas ter um cuidado maior para conseguirmos chegar à final e brigar pelo título. Teria uma importância enorme, muitos jogadores renomados nunca conseguiram - completa Ramon.
Mais do que uma vaga na Libertadores (torneio que o clube não disputa desde 2001), a conquista da Copa do Brasil ganha contornos ainda mais importantes devido ao longo jejum de títulos na elite - o último foi o Carioca de 2003. Além disso, nos últimos anos, o Vasco acumulou uma série de decepções marcantes no torneio. Foi eliminado por times pouco conhecidos, como o Baraúnas-RN e o XV de Novembro-RS, perdeu para o Gama no Maracanã e, quando conseguiu chegar à final, foi derrotado pelo maior rival, o Flamengo. Isso sem contar a tristeza de não chegar à decisão do torneio por causa de um erro do ídolo Edmundo numa cobrança de pênalti contra o Sport.
- Basta dizer que o campeão da Copa do Brasil conquista o direito de disputar a Taça Libertadores da América. Esse detalhe por si só dá a dimensão da importância da competição. Espero que em 2011, ao contrário do que aconteceu nos anos anteriores, sejamos campeões. Estamos trabalhando para isso - disse o presidente Roberto Dinamite.
Caminho fácil no torneio
O sorteio da Copa do Brasil tem sido bom para o Vasco. Nos últimos anos, o clube encarou adversários de pouca expressão nacional até as fases decisivas. Em 2008, pegou seu primeiro adversário da elite nacional apenas na semifinal, quando foi derrotado pelo Sport. Em 2009 e 2010, o Vitória foi o primeiro clube de Série A que o time enfrentou na competição. Em ambas as ocasiões, a fase foi a mesma: quartas de final. Porém, os resultados foram distintos. Em 2009, o Vasco avançou no torneio, mas no ano seguinte a eliminação para a equipe baiana veio mesmo depois de uma vitória por 3 a 1 em São Januário (no jogo de ida, o Rubro-Negro vencera por 2 a 0 e, por isso, avançou pelo critério de gols fora de casa).
Neste ano, mais uma vez, a sorte parece sorrir ao Vasco. Caso vença as primeiras etapas, o time só tem chance de encontrar um adversário da Primeira Divisão nas quartas de final. Mas isso só acontecerá se o Atlético-PR e o Bahia não tropeçarem. Nas semifinais, Botafogo, Avaí e São Paulo são os adversários da elite nacional que podem cruzar o caminho cruzmaltino.
- O segredo da Copa do Brasil é pensar em um adversário de cada vez. Não adianta projetar as próximas fases porque acontecem muitos resultados inesperados. No ano passado, fui campeão com o Santos, e cada partida foi uma dificuldade diferente. As equipes ditas menores tentam surpreender, principalmente jogando em casa. Por ser mata-mata, nem sempre vence o melhor - explica Marcel.
Contudo, se encarar adversários de menor expressão facilita por um lado, complica por outro. A falta de informações dos rivais é um motivo de preocupação na Colina. Para Marcel, essa é a hora de a equipe ter outro tipo de estratégia.
- Nesse início, tem que pensar mais na nossa equipe e em como vamos jogar. O que conseguirmos saber deles é bom, mas temos que trabalhar mais internamente.
Viagens: o vilão fora de campo
Fora os adversários, um fator é apontado por todo o grupo cruzmaltino com um complicador na luta pelo título da Copa do Brasil: a sequência de viagens pelo país. Afinal, como o torneio engloba todo o território nacional, é possível que, dependendo dos cruzamentos, o clube faça longos trajetos durante o torneio.
- Acho que o pior dessa competição são as viagens. É muito cansativo jogar, viajar e já voltar para jogar de novo. Na Copa do Brasil, às vezes, você percorre distâncias muito grandes e nem sempre o avião chega às cidades - diz Dedé.
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