O mistério de Tostines: Prass criticou ou não a arbitragem?
As reclamações do Vasco após os erros de arbitragem na derrota do último sábado contra o Fluminense voltaram a ser assunto nesta segunda em São Januário.
O goleiro Fernando Prass, um dos mais experientes do elenco cruz-maltino, ponderou os erros questionados pelo clube. Para o camisa 1, o lance que foi o estopim para a revolta cruz-maltina, aconteceu na falta que originou o segundo gol Tricolor, quando Edinho empurra o lateral Jonas e o tira da barreira, abrindo espaço para o chute colocado de Thiago Neves.
- Eu procuro não analisar sobre a arbitragem. O lance do pênalti, na minha opinião, tem exemplos de outros jogos em que o juiz viu a penalidade. Renato Silva contra o Grêmio e Dedé contra o Figueirense. Os dois foram involuntários e marcaram pênalti. Não tem como dizer que a bola bateu na mão. Realmente a bola deu um quique e o Carlinhos cortou o rumo. Mas cai na questão da interpretação. Agora, o lance da falta é indiscutível. O Jonas ainda avisou que seria empurrado. Três juízes, em uma bola parada, é estranho. Esse lance me deixou mais revoltado afirmou.
Porém, ciente dos problemas que vive a arbitragem nacional, o goleiro lembrou da proposta de profissionalizar os árbitros do país, fazendo da função uma profissão reconhecida, com representatividade e locais para aprimoramento.
- Duas coisas. Não podemos nos esconder nos erros de arbitragem e não esconder a parte boa da nossa atuação também. Não posso dizer que ele não influenciou no resultado. Nos dois lances de gol, ele teve dedo. O Vasco parece que vai fazer a representação contra o árbitro. Não sei se o Marcelo será afastado. Mas acho que isso também não irá resolver. Existe sempre uma sequência de erros. O problema não está em punir quem erra. Tem que cobrar o que tem causado isso. Tem que ser profissionalizada a arbitragem no Brasil. Tudo o que envolve o futebol é profissional e os árbitros não são. Todos tem essa visão e ninguém faz nada sobre isso. Diminuir os erros seria a profissionalização. Melhorar as condições, dar um CT, preparação psicológica. Os caras hoje têm outras profissionais. Mas ninguém toma outra atitude. Tomos veem que bom não está. Tanto que trocou a comissão de arbitragem - concluiu.
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