O Gigante voltou: Vascão ganha nos pênaltis e está na final da Taça Guanabar
Tinha mesmo de ser emocionante e sofrido. A classificação do Vasco à final da Taça Guanabara veio na última de 12 cobranças de pênalti. O jovem Alan mancou na trave as esperanças do Fluminense. A vaga foi decidida com muito equilíbrio. As torcidas não gritaram gol, mas o uhh tradicional ecoou no Maracanã durante os 90 minutos, consequência das oportunidades perdidas aos montes. E numa noite em que os atacantes não resolveram a favor, um jovem centro-avante foi responsável pela eliminação de seu time.
O adversário do Vasco na decisão do primeiro turno sai do confronto entre Flamengo e Botafogo, na Quarta-feira de Cinzas, no Maracanã.
Primeiro tempo acirrado e com muitas faltas
Quando o zagueiro cruzmaltino Fernando declarou que a partida seria de muita tensão e transpiração, ele não estava errado. As duas equipes começaram o clássico com muita vontade e velocidade. O Vasco sempre acionando Carlos Alberto na armação. O meia inclusive demonstrou ter esquecido a lesão no pé, que ameaçava sua escalação.
Já o Fluminense buscava no início do jogo a cabeça de Fred. O atacante teve duas chances em bolas cruzadas e teria feito 1 a 0 aos 10 minutos não fosse excelente defesa de Fernando Prass. O tricolor ganhou bola da zaga e chutou em cima do arqueiro vascaíno. O rebote também foi desperdiçado por Conca.
O duelo acirrado levou a uma grande de quantidade de faltas, mas o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca estava pouco a fim de mostrar cartões. Mas não havia como controlar o confronto sem punição. Assim, foram quatro amarelos para o Vasco e três para o Fluminense no primeiro tempo. E sobrou até para o técnico cruzmaltino Vagner Mancini, advertido pelo juiz.
Sem gols, o que mais as duas torcidas comemoraram foram roubadas de bola. Entrar na área do rival era complicado, pois o sistema defensivo das duas equipes estavam bem montados e sempre havia um pé salvador na hora da conclusão. Não à toa Vasco e Fluminense têm as defesas menos vazadas do Campeonato Carioca.
Assim, apostar nas cobranças de falta era palpite certo. A mais perigosa foi cobrada por Fred aos 36. A bola passou rente à trave de Prass. Em resposta, o time de São Januário iniciou jogada rápida com Carlos Alberto, que lançou Dodô. O artilheiro do campeonato, contudo, não dominou, e Rafael defendeu.
Aos 41, Carlos Alberto ganhou duas divididas na intermediária e partiu ao ataque, mas fez passe longo demais para Dodô. Dois minutos depois, Fred teve a maior chance do primeiro tempo. Conca colocou o companheiro na cara de Prass, mas Souza apareceu no momento certo e cortou a finalização. Foi o segundo grande vacilo da zaga formada por Fernando e Titi.
Fred perde muito gols e decisão vai a pênaltis
Entre muitas reclamações, a marca dos 45 minutos iniciais foi a vibração. E a segunda etapa começou com emoções ainda mais fortes. No primeiro ataque, Phillipe Coutinho fez linda jogada pela esquerda em cima de Gum e cruzou, mas a bola passa por Dodô. E como toda ação tem uma reação, o Fluminense ameaçou outra vez com Fred. Novamente, Prass foi o salvador.
Com o jogo mais aberto, não foi difícil para o time do técnico Vagner Mancini levar perigo a Rafael. O arqueiro tricolor defendeu com os pés a cabeçada de Elder Granja.
Esse toma lá dá cá aumentava a adrenalina do duelo e levantava as arquibancadas. Os torcedores do Tricolor não se contiveram ao ver Fred cair na área depois de driblar Prass e pediram pênalti. Mas quem acertadamente não caiu na do atacante foi o árbitro, que ainda lhe aplicou o amarelo por simulação.
A essa altura, as defesas apresentavam falhas graves, e as lamentações a cada gol perdido se sucediam. E conforme o cansaço tomava conta dos dois times e os técnicas realizam alterações, o ritmo da partida caia gradativamente.
Somente aos 30 minutos, surgiria uma outra boa oportunidade. Entretanto, não parecia ser a noite de Fred. Ele recebeu passe de Mariano dentro da área e mandou por cima do gol. E com inveja do adversário, o Vasco também deu sua contribuição ao número de chances perdidas. Após boa trama ensaiada em cobrança de falta, aos 40, Magno tinha espaço para arriscar à meta de Rafael e preferiu o cruzamento para ninguém.
E na recusa dos dois clubes em movimentar o marcador, o resultado só poderia ser 0 a 0 e decisão nos pênaltis. E Inaugurando as cobranças, Dodô e Fred converteram. E seus respectivos companheiros fizeram o mesmo, alguns até abusando da paradinha
E após 12 cobranças, Vasco classificado. 6 a 5. O jovem Alan, pedido pela torcida no meio jogo, foi o vilão. Agora, é só esperar. Dá Flamengo ou Botafogo?
VASCO 0 x 0 FLUMINENSE
Local: Maracanã
Renda:
Público: 30.490 pagantes / 39.433 presentes
Cartões Amarelos: Márcio Careca, Carlos Alberto, Fernando Prass, Elder Granja e Fernando (VAS); Diguinho, Diogo, Gum, Fred e Thiaguinho (FLU)
Escalações:
Vasco: Fernando Prass, Elder Granja, Fernando, Titi e Márcio Careca; Nilton, Léo Gago (Magno), Souza (Rafael Carioca) e Carlos Alberto; Philippe Coutinho e Dodô. Técnico: Vagner Mancini
Fluminense: Rafael, Mariano, Cássio, Gum e Julio Cesar (Marquinho); Diogo, Diguinho (Thiaguinho), Ewerton e Conca; Bruno Veiga (Alan) e Fred. Técnico: Cuca.
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