"Nunca fui amado desta maneira"

Carlos Alberto comemora carinho da torcida

No início do segundo semestre de 2009, o meia Carlos Alberto passou por uma situação complicada para permanecer em São Januário. Jogador do Werder Bremen, da Alemanha, o camisa 10 do Vasco não queria ir embora para a Europa após o fim do empréstimo. A intenção sempre foi permanecer no Brasil e no Vasco. Depois não poder sequer treinar com o uniforme alvinegro, Carlos Alberto conseguiu que o empréstimo fosse renovado até junho do próximo ano. A certeza de que fez a escolha certa foi confirmada neste último sábado, quando o clube garantiu matematicamente o retorno antecipado à Série A.

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Após a vitória por 2 a 1 sobre o Juventude, Carlos Alberto compareceu à entrevista coletiva no Maracanã. Em sua fala, fez questão de agradecer a quem esteve do seu lado no momento complicado da negociação com o clube alemão.

“Antes de qualquer coisa, quando lembro desse momento, não tenho como não agradecer a pessoas que fizeram um grande esforço para que estivesse aqui. O meu empresário Carlos Leite foi um dos que mais me encorajou a vir pra cá. Ele assumiu a responsabilidade de tudo comigo, quando era mais novo não tinha isso. No Vasco, o Roberto (Dinamite), o (José Hamilton) Mandarino, o Dorival e Rodrigo Caetano, antes de se preocuparem com o atleta, se preocupam com o homem Carlos Alberto. Nunca fui amado dessa maneira. Sempre fui bem tratado antes, mas aqui está sendo especial”.

Carlos Alberto lembrou que mandou um recado bem sincero aos dirigentes alemães, que o queriam de volta após o fim do empréstimo. “Me expus com o clube que é detentor do meu passe. Disse a eles que se voltasse pra lá, eles teriam um jogador infeliz”.

O camisa 10 ainda lembrou que pretendia demonstrar, mesmo caso voltasse para a Alemanha, todo o seu amor pelo Vasco. Se marcasse um gol pelo Werder, pretendia mostrar por baixo a camisa do Gigante da Colina. “Meu pai já ficou até preocupado quando disso isso. Ele até disse que se eu voltasse iria comigo. Não sei nem se isso (mostrar a camisa de outro clube por baixo) teria uma punição, mas pelo Vasco valeria essa loucura”.

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Fonte: Justiça Desportiva