Novos capítulos nesta semana: O retorno do público aos estádios
O processo de liberação para a volta parcial do público aos estádios de futebol do Rio terá novos capítulos essa semana. Depois de a Prefeitura do Rio anunciar na última sexta-feira que pretende ter 20 mil pessoas no Maracanã no dia 4 de outubro, no jogo entre Flamento e Athletico-PR, autoridades municipais, estaduais e federais se encontram na próxima quinta-feira para avaliar os protocolos apresentados pelo Ministério da Saúde.
O documento leva em consideração o que foi enviado pela CBF. Mas a entidade ainda tem sua participação aguardada na reunião. Procurada, a assessoria da CBF não retornou. Antes, nesta terça-feira, a Federação de Futebol do Rio vai debater com os clubes e o consórcio Maracanã sobre os protocolos para o estádio, que servirá de base sanitária para os jogos de Flamengo e Fluminense, que fazem a gestão do palco, mas também de Botafogo e Vasco.
"A primeira partida com público será no Estádio do Maracanã, com lotação limitada a um terço da capacidade. Será obrigatório o uso da máscara de proteção e aferição de temperatura na entrada dos estádios. Para evitar aglomerações, a venda dos ingressos será pela internet", disse a nota divulgada pela prefeitura.
- Vamos ter duas semanas para os administradores do estádio, a Federação (de futebol) e o pessoal da Vigilância Sanitária se ajustarem e pronto. Maiores de 60 anos, por favor, fiquem em casa. Menores de 12 também - disse o prefeito Marcelo Crivella, na sexta-feira.
A Federação de Futebol do Rio (Ferj) foi um pouco mais cautelosa na nota que divulgou, falando em "possibilidade" e anunciando uma reunião para esta semana:
"A Prefeitura do Rio de Janeiro e a Ferj, após reunião com todos os órgãos competentes, decidiram trabalhar com a possibilidade de abertura dos jogos com a presença de público para o dia 4/10 entre Flamengo x Athletico. Nova reunião será realizada na próxima semana", disse a Ferj.
Marcaram presença o presidente da Ferj, Rubens Lopes, a secretária municipal de saúde do Rio, Ana Beatriz Busch, além de integrantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, CET-Rio e outros órgãos, como a Vigilância Sanitária.
O secretário de ordem pública do Rio, Gutemberg Fonseca, participou por videoconferência, e esteve de acordo com a implementação do protocolo. Os secretários Ronaldo Lima, de Futebol e Estatuto do Torcedor, e Marcelo Magalhães, de Esportes, representaram o Governo Federal, e apoiaram a medida.
A CBF, por sua vez, recebeu convite, mas não compareceu à reunião, o que gerou críticas. O representante da entidade era Manoel Flores, diretor de competições. Ele não só não foi, como não respondeu aos chamados.
Segundo os participantes do encontro, a postura indica que a CBF faz força contra o retorno do público.
A entidade máxima do futebol brasileiro aguarda as decisões das autoridades. Mas já tem um protocolo para ser elaborado e implementado quando houver autorização para o uso no Brasileiro. Inclusive, já enviou o documento para o Ministério da Saúde.
O desejo da CBF é que o retorno do público aos estádios seja de forma uniforme, sem favorecer nenhum clube. Presidente do Corinthians, Andres Sanchez se manifestou nas redes sociais pedindo 'mesma oportunidade'.
"O Corinthians só aceita a volta do público aos estádios se todos os times da Série A tiverem a mesma oportunidade, independente do estado ou cidade. Se não forem as mesmas condições pra todos não entraremos em campo".
Fonte: Agência O GloboMais lidas
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