'Ninguém larga a mão de Roberto'

NINGUÉM LARGA A MÃO DE ROBERTO

Ninguém larga a mão de Roberto!

A Barreira, o Tuiuti, a Colina, o entorno, o Boteco do Seu Zé 

Ninguém larga a  mão de Roberto!

Caxias, Baixada, Zona Norte, o chão de São Cristóvão, a Almério de Moura, a Francisco Palheta, a Ricardo Machado, São Januário, Bairro Vasco da Gama!

Ninguém larga a mão de Roberto!

A TOV, a Força Jovem, a Ira, a União, a Vasqueire, a Mancha, a Rasta, a Pequenos Vascaínos.

Ninguém larga a mão de Roberto!

Maracanã, Rio de Janeiro, Brasil, Barcelona...Planeta Futebol!

A gente sonhava, enquanto garoto, ter sina de garoto-dinamite que explode em gol e alegria nos estádios lotados.

A gente sonhava com coroa de rei, chuteira de ouro, estátua no gramado, rede balançando com chute de craque em tarde de gala no Maracanã, em noite de festa em São Januário.

A gente sonhava com sorriso de placa, gol de coração, camisa de pele, coração de malta gritando no peito...

GOL GOL GOL GOL GOL !

A gente sonhava com Roberto, mas - confessemos! - ninguém jamais sonharia com uma grandeza, uma majestade, uma magnitude e uma aura de gigante tão imponente como a de um DINAMITE!

Vibramos, gritamos, brigamos, torcemos, votamos, contestamos,  abraçamos, apoiamos, sorrimos, choramos: fizemos tudo que você nos proporcionou fazer, Bob! 

Sua emoção, sua vida, sua explosão contagiou a todos nós!

Ninguém larga a mão de Roberto!

O anjo pendeu asas para voar,

O Maior de Todos alça vôo na Colina

Não, Bob...não vá!

Não deixe teus milhões de seguidores

Tua pátria de chuteiras, teus meninos das peladas, teus moleques da Barreira, teus meninos e meninas da Colina 

Tua raça

Tua graça

Teu encanto

Não, Bob...não vá!

Não exploda nosso coração

Nossas lágrimas

Nosso peito

Nosso Vasco

Ninguém larga a mão de Roberto!

Ninguém maior que tu

Ninguém mais artilheiro

Ninguém mais explosivo

Ninguém mais encantado

Ninguém mais Dinamite

Ninguém mais Roberto

Ninguém mais Vasco

Ninguém mais AMOR

Meu, teu, dele

Do torcedor e do adversário

Do futebol, da história

Do Vasco

Da minha, da tua, da nossa vida!

Ninguém larga a mão de Roberto!

Descanse em paz, sereno e sorridente

Estrela na terra a brilhar

Num céu preto e branco de São Januário

Eternamente iluminado

Por holofotes da tua luz! 

Hélio Ricardo Rainho