Neto Borges não é mais atleta do Vasco
Neto Borges não é mais jogador do Vasco. Nesta segunda-feira, a juíza Luciana Gonçalves de Oliveira Pereira das Neves, da 58ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1), reconsiderou decisão anterior e deferiu liminar para o jogador. O Esporte News Mundo havia antecipado o caso, que cabe recurso.
“Por todo o exposto, DEFERE-SE parcialmente a tutela de urgência, para determinar a rescisão indireta do contrato de trabalho do Autor, Vivaldo Borges dos Santos Neto, com o Réu, Clube Vasco da Gama, liberando-o do vínculo desportivo relativo, na forma do artigo art. 39, § 1°, da Lei 12.395, de 2011, devendo, entretanto, ser observado pelo Reclamante os termos do § 2º do mesmo diploma legal”, apontou a magistrada.
Neste pedido de reconsideração, agora aceito, novas provas foram juntadas por Neto Borges para dar argumentação para que a liminar por sua rescisão de contrato com o Vasco seja deferida.
O jogador alega falta de pagamento de salários desde dezembro de 2020 a abril de 2021 e gratificação natalina de 2020, falta de recolhimento de FGTS e, ainda, em razão de um alegado assédio moral. A cobrança da dívida chega em R$ 770.010,28.
Na primeira decisão, no início de maio, a magistrada apontara para negar o pedido liminar o seguinte na ocasião: “Por ausente motivação eficiente ao convencimento do Juízo da verossimilhança da existência do direito vindicado, indefere-se, por ora, a antecipação de tutela pretendida”.
Este caso ainda pode render outro problema ao Vasco. O empréstimo de Neto Borges feito junto ao Genk, da Bélgica, também pode parar nos tribunais da Fifa. Isso porque o Vasco deve cerca de 50 mil euros (R$ 310 mil) ao Genk pelo empréstimo do jogador.
Ficou acordado que esse valor seria pago caso Neto Borges disputasse um número mínimo de jogos, o que acabou acontecendo. O curioso é que o lateral-esquerdo disputou apenas 23 partidas, 12 como titular. Por isso, entende-se que o Cruz-Maltino queria apenas ganhar tempo para em relação ao pagamento, já que não tinha dinheiro, mas precisava urgentemente de um jogador para a posição.
Na época o Genk tinha propostas de clubes da Europa, mas a vontade de Neto Borges em jogar no Brasil pesou para selar o acordo com o Vasco. Com o rebaixamento para a Série B, o lateral-esquerdo passou a estar fora dos planos, tanto pelo aspecto salarial, quanto pelo contratual, já que o empréstimo estava próximo do fim.
Neto Borges chegou ao Vasco no segundo semestre do ano passado. No período, em São Januário, entrou em campo 23 vezes, sendo cinco vitórias, nove empates e nove derrotas, e não fez gols.
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