Futebol

Na prancheta: A análise tática de Internacional x Vasco


Tropeços e tropeços. Quando é que um time terá regularidade nesse Campeonato Brasileiro? Que pergunta difícil. Por isso vamos as perguntas mais fáceis, como por exemplo: por que o líder Vasco foi derrotado pelo Internacional pelo placar elástico de 3 x 0 no Beira Rio? A resposta para essa pergunta e a análise tática completa dessa partida é o que será abordado nesse artigo

Querendo se isolar na liderança, o Vasco foi a Porto Alegre com o único objetivo de derrotar o Internacional. Este, por sinal, cresce a cada momento no campeonato desde a chegada do competente Dorival Jr. e não admitia vender barato o resultado. E nem muito menos vender a preço algum, o Inter estava disposto a derrubar o até então líder Vasco, e impor o seu ritmo dentro de casa.

Para tal, o colarado veio para o massacre em um ousado 4-2-3-1. Dorival Jr. nem cogitou a ideia de ter Jô isolado na partida, e por isso fez com seus meias, D’alessandro, Ilsinho e Andrezinho jogassem de maneira bem ofensiva, porém responsável, visto que, todos os três contribuíam na marcação.

O Vasco, no seu habitual 4-3-2-1, teve seu meio de campo encaixado na marcação adversária, criando uma enorme dificuldade nas articulações. O time contava também com a volta de três jogadores que estavam lesionados: Jumar, Felipe e Alecsandro. Além disso, os cariocas ainda perderam Eduardo Costa por lesão, logo no inicio da partida. Mais um dificultante, apesar de que Eduardo Costa, há tempos, não esteja rendendo o esperado. A fragilidade maior era, porém, na sua defesa. Vítor Ramos e Renato Silva não combinaram, de jeito nenhum. Os dois já haviam sido companheiros de zaga em uma catástrofe, na derrota por 4 x 1 diante do América-MG. E isso preocupava ainda mais.

Mesmo com um amplo domínio colorado, o primeiro tempo terminou no 0 x 0. Veja o desenho tático dessa etapa:

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No segundo tempo, o jogo teve uma alteração: o gol colorado. O domínio continuou o mesmo. As formações táticas também. O Vasco, só, que voltou com Diego Rosa no lugar de Felipe, ainda aquém dos 100% fisicamente. Essa mudança não surtiu muita diferença, visto que, o domínio já existia na primeira etapa, e se manteve igual na segunda. A única diferença, realmente, foram nas finalizações, mais precisas, que tiraram o zero do placar e formaram uma ligeira goleada dos mandantes sob um forte domínio.

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A explicação da queda do líder, dessa vez, é tática. O adversário, Internacional, encaixou um 4-2-3-1 com uma marcação no meio de campo que culminaram na anulação das virtudes do 4-3-2-1 cruzmaltino. Além disso, o massacre colorado se explica pela marcação errada vascaína, que originou em liberdade e espaço para D’alessandro.

Raramente resultados são tão facilmente explicados. Mas nesse, a regra não se aplica. O Inter dominou o meio de campo, originadamente da marcação desse setor errada do Vasco, e por isso mandou em todo o jogo e criou tantas oportunidades. Simples assim.

Veja a seguir dois vídeos que mostram esse fator decisivo. No primeiro, como a marcação de meio de campo Vascaína foi realizada. No segundo, como ela deveria ser feita:





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Fonte: Na Prancheta