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Marcos Blanco acredita no sucesso da camisa azul

Antes mesmo do lançamento, hoje, em São Januário, o terceiro uniforme do Vasco — nas cores azul e branco — já provoca polêmica. Diante das críticas, o presidente do clube, Roberto Dinamite, saiu em defesa do novo modelo. “Além das cores branca e azul estarem presentes na primeira bandeira de Portugal, o azul reflete o domínio dos mares, tanto do homem (Vasco da Gama), que venceu os oceanos, quanto do clube, que iniciou trajetória no remo e se consagrou vitorioso nos gramados”, justificou o dirigente.

Procurado pelo Correio, o diretor de Marketing do Vasco, Marcos Blanco, evitou responder às críticas da torcida antes do lançamento. “A projeção é positiva. Devemos superar as vendas de outros uniformes”, limitou-se a dizer. Em meio a mais um uniforme controverso, relembre outras camisas que enfureceram torcedores mais tradicionais.

Corinthians – Divergência roxa (2008)
Em 2008, ano em que disputou a Série B do Campeonato Brasileiro, o Corinthians lançou o terceiro uniforme, em suposta homenagem aos torcedores: o “corintiano roxo”. O lançamento causou a indignação de torcidas organizadas, como a Gaviões da Fiel, que realizaram protestos. Entre os fãs menos tradicionalistas, no entanto, o modelo agradou e alcançou bom número de vendas. Nos primeiros quatro meses, foram vendidas 200 mil peças. Com o sucesso de aceitação, o Corinthians fez do roxo a “terceira cor” do clube. Em 2009, a tonalidade apareceu na forma de listras horizontais, semelhante ao uniforme da Inter de Milão, e, em 2010, deu cor a uma cruz em homenagem a São Jorge.

Botafogo – Modelo agourento (2010)
Lançado em janeiro de 2010, o quarto uniforme do Botafogo, prata e cinza, causou controvérsia mais pela má sorte. Conhecido por ser um clube supersticioso, o Botafogo viu a torcida correr às lojas para comprar o novo modelo, mas, no dia da estreia da camisa, o time levou uma goleada por 6 x 0 diante do rival Vasco, no Engenhão, pela Taça Guanabara. Conselheiros chegaram a questionar a legitimidade do quarto uniforme, que não passou por aprovação prévia do Conselho Deliberativo. O departamento de marketing defendeu que quem perdeu o clássico foi o time. Mas a superstição venceu o debate e a camisa só foi utilizada novamente mais uma vez, em um amistoso de entrega de faixas com o Corinthians, em que o Botafogo venceu por 3 x 1.

Atlético-MG – Rosinha?! (2010)
O uniforme de treino do Atlético-MG na cor rosa-bebê lançado em março de 2010 dividiu a torcida atleticana. A coloração da camiseta foi um prato cheio para as gozações dos torcedores do arquirrival Cruzeiro. Apesar da controvérsia, a camisa se esgotou nas lojas já no quarto dia de vendas. “Só usa camisa rosa quem pode, não é para quem quer usar. Outra coisa que eles (cruzeirenses) não devem saber: mulher adora homem de rosa. E deste material chamado mulher, o atleticano entende”, rebateu o presidente, Alexandre Kalil, na época. Atualmente, o uniforme de treinos do Galo é verde-claro.

Flamengo – Tabajara Futebol Clube (2010)
O Flamengo surpreendeu ao lançar em 2010 um modelo com listras em amarelo e azul, resgatando as cores da época de fundação, em 1895, quando ainda era somente um clube de remo. O problema é que o terceiro uniforme flamenguista ficou idêntico ao uniforme do Tabajara Futebol Clube, time fictício inventado pelos humoristas do Casseta & Planeta, em alusão ao Íbis, que nas décadas de 1970 e 1980 foi considerado o pior time do mundo. O modelo tabajara motivou inúmeras gozações dos torcedores rivais e foi pouquíssimo utilizado. A justificativa oficial, no entanto, tinha base no estatuto da agremiação, que diz que o modelo só pode ser utilizado três vezes ao ano, com intervalo de 30 dias e em partidas como visitantes. Apesar das críticas, o modelo vendeu mais de 200 mil unidades segundo o clube. Em 2011, o Tabajara foi substituído por um modelo na cor preta com uma faixa vermelha horizontal no peito.

Vasco – Será que decola? (2012)
O Vasco lança hoje uma nova camisa. A cruz de malta, ao centro, é rodeada pela cor azul, em uma referência ao mar. Os dirigentes do clube justificam a novidade como sendo uma referência às origens da agremiação. Resta saber se o modelo agradará aos torcedores.

Caso de sucesso

Um dos poucos modelos que revolucionou nas cores do clube e ainda assim encontrou aceitação maciça foi o terceiro uniforme verde-limão do Palmeiras. Lançada em setembro de 2007, a camisa “marca-texto” foi um sucesso de vendas na temporada 2007/2008 e se manteve para a temporada 2008/2009, promovida a segundo uniforme. O verde-limão ainda voltaria na temporada 2010/2011 e só seria deixado de lado no segundo semestre do ano passado.

Fonte: Superesportes